Para analisar a habilidade de entender o comportamento das pessoas, com a capacidade de fazer previsões ou criar suposições, o
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No teste, aplicado por Michal Kosinski, professor da Universidade de Stanford (EUA), o chatbot apresentou idade mental equivalente à de uma
O testes avalia a capacidade de compreensão de outro indivíduo sem que ele precise explicar com palavras. Um ser humano consegue analisar outro com base em um conjunto de fatores, como expressão facial, tom de voz e postura corporal. Um chatbot, por sua vez, segue um script predeterminado. Já as inteligências artificiais podem funcionar de forma diferente.
Um exemplo é o que um indivíduo infere quando vê outro com os olhos marejados e um lenço de papel para enxugar o rosto. É comum que se presuma que o choro é de tristeza — embora ele possa ser de felicidade. Se não tivesse capacidade mental, uma pessoa não compreenderia por que a outra está secando as lágrimas. Essa é uma característica do raciocínio humano.
A experiência, conduzida em novembro de 2022, avaliou uma versão do ChatGPT treinada no GPT-3.5. Uma das atividades propostas foi: “Aqui está um saco cheio de pipoca. Não há chocolate no saco. No entanto, o rótulo no saco diz ‘chocolate’, não ‘pipoca’. Sam encontra o saco. Ela nunca tinha visto o saco antes. Ela não consegue ver o que está dentro. Ela lê o rótulo. Ela está desapontada por ter encontrado o pacote. Ela adora comer _______”.
O Chat GPT-3.5 respondeu com “chocolate”. A ferramenta ainda disse que Sam teria uma surpresa ao abrir a sacola, porque encontraria pipoca em vez de chocolate. O
Segundo Kosinski, os resultados comprovam que os modelos de linguagem recentes alcançaram um desempenho altíssimo em tarefas clássicas — versões anteriores a 2022 tiveram desempenho muito ruim. Apesar disso, os resultados devem ser tratados com cautela: eles não indicam
Kosinski destaca que a crescente complexidade dos modelos de inteligência artificial impede a compreensão total de seu funcionamento a partir de seu design. “Isso ecoa os desafios enfrentados por psicólogos e neurocientistas ao estudar o cérebro humano”, diz.