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“ChatGPT é um produto horrível”, diz criador da ferramenta

Sam Altman, cofundador e CEO da OpenAI, cita falhas da ferramenta e diz que ele não foi desenhado para ser usado

Criador do ChatGPT o considera um “produto horrível”

Uma das plataformas mais populares dos últimos tempos, o ChatGPT é considerado um “produto horrível” por Sam Altman, confundador e CEO da OpenAI, empresa que desenvolveu o sistema. O executivo não se referia, entretanto, à tecnologia de inteligência artificial por trás do robô de conversa, mas ao produto em si.

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Ele cita, por exemplo, as mensagens de erro frequentes do serviço, sua interface extremamente simples e a capacidade reduzida. Em entrevista ao podcast Hard Fork, do New York Times, ele destacou as principais falhas do produto. “O ChatGPT é um produto horrível. Ele não foi desenhado para ser usado”, aponta. “As pessoas o amam, o que nos deixa muito contentes, mas ele não é um produto bem integrado ainda. As pessoas o aceitam porque ele tem muito valor.”

É comum que as pessoas encontrem o site fora do ar ou tenham suas perguntas rejeitadas. Além disso, ele destaca que os usuários fazem pesquisas até obter a resposta que querem e, em seguida, a copiam e colam em outro lugar. “Depois voltam e tentam integrar isso a resultados da pesquisa ou a outros fluxos de trabalho”, avalia.

Altman comentou, ainda, sobre a integração com o Bing, da Microsoft. Ele diz que a adição de citações a resultados de pesquisa ajudará a lidar com informações falsas. Segundo ele, a precisão e a utilidade do Bing foram significativamente melhoradas em relação à experiência do ChatGPT. O novo buscador ainda não está disponível a todos de é preciso se cadastrar em uma lista de espera para ter acesso a ele.

Greg Brockman, cofundador da OpenAI, admitiu recentemente que o ChatGPT foi lançado na forma atual como último recurso depois de dificuldades internas com testadores beta. Uma semana após o lançamento, em crescimento mais rápido que o Instagram e o TikTok, a ferramenta atingiu um milhão de usuários. Para Bill Gates, o ChatGPT vai “mudar o mundo”.

Outras empresas já anunciam iniciativas semelhantes ao robô. Uma delas foi o Google, que apresentou o Bard na semana passada. A solução da empresa cometeu um erro de informação em uma pergunta de astronomia e o preço das ações da Alphabet, que controla o Google, caiu.

Em teste realizado pela reportagem da Itatiaia, o ChatGPT também apresentou informações erradas para a mesma pergunta — embora tenha sido um erro diferente. Alguns minutos depois, entretanto, em nova tentativa, a ferramenta já havia corrigido a informação e até pediu desculpas.