Idosos podem, em breve, ter a companhia de robôs que os auxiliem em atividades cotidianas. Um grupo de pesquisadores de Sistemas de Informação e Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP) tem desenvolvido estudos para tornar isso possível. O grupo reúne especialistas em
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Com as aplicações adequadas, os dispositivos simulam ações humanas e podem ajudar no engajamento social e na qualidade de vida de idosos com problemas
Outra opção é que os robôs ajudem idosos depressivos que moram sozinhos. Com tarefas lúdicas e protocolos adequados, o dispositivo avaliaria o grau de depressão do indivíduo. “O robô indica o nível da doença de forma preliminar e, com isso, pode-se encaminhar o paciente aos devidos cuidados, incluindo a confirmação do diagnóstico”, aponta Fantinato.
Ainda são necessários ajustes para que seja possível conviver em segurança e autonomia com o robô. “Por enquanto, estamos testando funcionalidades que implementam essas atividades”, explica. A previsão é que os testes sejam finalizados em 2023 para que seja iniciado o contato da
O terceiro projeto busca entender o nível de confiança com a tecnologia e a inserção dela no dia a dia do idoso. “O resultado desse estudo pode interferir nos demais, porque a gente pode concluir que os idosos não confiam nos robôs e, então, seria preciso buscar aumentar essa confiança.”
Sarajane Marques Peres, integrante do grupo de pesquisa da EACH, conta que a receptividade dos
O projeto usa robôs da Asus e da Human Robotics. “Como a Human Robotics é brasileira, a interação e autonomia são maiores. Se temos algum problema, ela ajuda a arrumar”, destaca Sarajane. Ela avalia que pode haver mudança de sentimento em relação aos dispositivos no decorrer do projeto. “No começo, é legal por ser uma novidade. E depois isso pode mudar”, pondera.
As empresas que gerenciam os dados garantem a proteção das informações a quem utilizar os robôs. “Há o compromisso de não divulgar os dados. Quando a companhia nos dá o serviço de armazenamento da informação, ela tem esse protocolo de proteção”, explica Sarajane. Para ela, a pesquisa busca atuar no contexto brasileiro e preparar a sociedade. “Se nós não educarmos e criarmos as situações, elas vão ser impostas por outra cultura.”