Uma das mulheres mais conhecidas em todo o mundo, a rainha
Repórteres da BBC já o ouviram em testes e há até quem tenha sido enganado por acionamentos acidentais do sistema. A informação sobre a morte da rainha pela BBC só deveria ser liberada depois de confirmada pelo Palácio de Buckingham e anunciada pelo alarme, independentemente de já ter sido publicada por outros veículos.
Em entrevista à revista Fast Company, um repórter da BBC disse que o alarme era uma ocorrência regular na redação. “Costumava disparar falsamente o tempo todo, então ninguém prestava atenção”, conta. “Soa como um despertador.”
Chamado de sistema de transmissão de alerta de rádio (Radio Alert Transmission System – Rats), foi criado durante a guerra fria e era resistente para permanecer funcional mesmo se houvesse ataque à infraestrutura nacional. Apesar dos disparos frequentes relatados, o alarme é projetado para quase não ser usado.
Muitas estações de rádio têm sistemas próprios: uma luz azul instalada no estúdio que acende em caso de mortes de integrantes da família real. Isso levava a confusões quando durante os testes semanais e os alarmes falsos. “Quando comecei na rádio local da BBC e tocava com frequência, as pessoas diziam ‘ah, é apenas Rats’. Eu pensei que era um alarme para detectar ratos no prédio”, disse o repórter à Fast Company.
A BBC não forneceu informações adicionais nem confirmou que o sistema existe. Após o acionamento do alarme, o processo segue: os canais de televisão da emissora interrompem a programação e emitem um anúncio oficial com apresentadores vestidos de preto.
Na quinta-feira (8), o ritual foi seguido: o anúncio oficial do falecimento da monarca foi feito pelo apresentador Huw Edwards, vestido de preto, ao vivo. “Alguns momentos atrás, o Palácio de Buckingham anunciou a morte de sua majestade, a rainha Elizabeth II.”