Juliana Garcia,
As agressões, que chocaram o país, aconteceram no dia 26 de julho. De acordo com as investigações, goram 34 segundos do 16º andar até o térreo para Igor espancar Juliana, que precisou passar por uma
“Ele estava mais descontrolado nos últimos tempos. O uso de bebida alcoólica durante o fim de semana piorava as coisas. Já aconteceu um fato durante uma discussão nossa: ele me empurrou, eu caí e, ao tentar me segurar, puxei a camisa dele, que rasgou um pouco. Nesse dia, ele disse que foi agredido, chamou a polícia, que foi até meu antigo endereço e me perguntou se eu queria registrar um boletim de ocorrência. Eu não quis. E agora estou aqui”, relembra ela.
Durante a entrevista, Juliana pediu para que seu rosto não fosse filmado, já que sofreu três fraturas na região do olho direito e uma maior, de lado a lado, abaixo do nariz. Fragmentos da maçã do rosto também foram afetados. Na lateral da cabeça, ela teve uma fratura na mandíbula.
Segundo Kerlison Paulino, cirurgião bucomaxilofacial responsável pela reconstrução facial de Juliana,
O porteiro do condomínio, Manuel Anésio da Silva Filho, foi quem chamou a polícia após presenciar as agressões pelas câmeras de segurança. Ele conta que, ao perceber o que acontecia no elevador, ligou imediatamente para a Polícia Militar, que chegou em cerca de dez minutos.
“Quando vi as imagens, liguei para a polícia na hora. Em dez minutos eles chegaram. Os moradores ficaram revoltados. Foi muita brutalidade”, relatou.
Segundo a polícia, no momento da prisão, Igor estava tranquilo e sem demonstrar arrependimento.
“Ele estava super tranquilo e não falava nada. Eu não consegui algemar ele com as mãos para trás porque ele é muito forte. A gente algemou pela frente. Segundo ele, foram apenas três socos que deu nela”, contou o policial militar, que preferiu não se identificar.
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Crise de ciúmes e celular jogado na piscina
No dia das agressões dentro do elevador, Juliana conta que o casal se preparava para receber amigos em casa, quando Igor teve uma crise de ciúmes e, momentos antes, jogou o celular dela na piscina.
“A gente ia receber nossos amigos em casa, por isso estávamos na área da churrasqueira. Ele me pediu para falar com um amigo e perguntar se ele viria. Eu falei com o amigo, e quando a resposta chegou, ele me pediu para ver e foi nesse momento em que ele disse que eu estava traindo ele”, detalha.
Juliana afirma que Igor já havia destruído outros dois celulares dela, um pisoteado e outro jogado contra a parede.
“Lembro que, naquele momento, meu propósito era me manter viva. Me manter consciente dentro do possível, porque se eu me entregasse, tenho certeza de que não estaria aqui para contar essa história”, disse, emocionada.
“Eu pedia para ele parar, e ele não dizia nada, só me batia. Não tenho dúvida de que ele queria me matar. Quando o elevador chegou no térreo, eu estava de pé, mas inconsciente”, finaliza.