*Este texto contém gatilhos. Se você sofre ou conhece alguém que sofre violência doméstica, procure ajuda. No Brasil, o Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher) é um canal gratuito, anônimo e disponível 24 horas por dia.
Um caso brutal de violência doméstica chocou moradores de um condomínio no bairro de Ponta Negra, em Natal (RN), no último sábado (26). O ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, foi preso em flagrante após agredir a namorada, Juliana Garcia dos Santos, com 61 socos no rosto, dentro de um elevador.
As agressões ocorreram por volta das 16h e foram registradas pelas câmeras de segurança do edifício. As imagens mostram o momento em que o casal discute, e Igor parte para cima da vítima logo após as portas do elevador se fecharem. Juliana, de 35 anos, saiu do local com o rosto completamente desfigurado, ensanguentada e com múltiplas fraturas no rosto e no maxilar.
A Polícia Militar foi acionada imediatamente após o porteiro visualizar a agressão em tempo real pelas câmeras. Moradores do prédio contiveram o agressor até a chegada da PM, que efetuou a prisão ainda no térreo do edifício. Juliana foi socorrida por vizinhos e levada ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, onde permanece internada aguardando cirurgia para reconstrução facial.
“Crise de claustrofobia”
Durante o depoimento à Polícia Civil, Igor alegou ter sofrido uma crise de claustrofobia e que o episódio teria sido motivado por ciúmes após uma suposta traição. A versão não convenceu as autoridades. A Justiça do Rio Grande do Norte converteu a prisão em flagrante em preventiva, e o caso está sob segredo de Justiça para preservar a vítima.
Ex-jogador de basquete
Igor Cabral tem histórico como atleta profissional. Ex-integrante da seleção brasileira de basquete 3x3, ele participou de torneios internacionais e atuou na Liga de Desenvolvimento (LDB) em 2013 pelo Tijuca Tênis Clube, além de constar nos registros da Liga Nacional de Basquete e dos Jogos Olímpicos. Após o ocorrido, o agressor desativou suas redes sociais.
A Polícia Civil trata o caso como tentativa de feminicídio. A investigação está sendo conduzida pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), em Natal.