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Juliana Marins: companhia aérea confirma data do traslado do corpo da brasileira

A jovem faleceu aos 26 anos após cair de um penhasco durante uma trilha na Indonésia

Juliana Marins: companhia aérea confirma data do traslado do corpo da brasileira

A companhia aérea confirmou que o corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu aos 26 anos após cair de um penhasco durante uma trilha na Indonésia, desembarcará no Brasil na próxima quarta-feira (2).

A informação foi confirmada por meio de nota enviada à Itatiaia nesta segunda-feira (30). O comunicado afirma que, antes de chegar no Rio de janeiro, o traslado passará por Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

“A companhia aérea priorizou a coordenação com as autoridades relevantes e outras partes envolvidas na Indonésia para facilitar o transporte, no entanto, restrições operacionais tornaram inviáveis os preparativos anteriores”, afirmou.

A Emirates informou que a família de Juliana Marins foi informada sobre a confirmação das providências logísticas e estendeu “suas mais profundas condolências durante este momento difícil”.

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Entenda a cronologia do caso:

Sexta-feira, 20 de junho (horário de Brasília)

Juliana estava no segundo dia de trilha, com cinco pessoas e um guia, no ponto mais alto do Monte Rinjani, que tem mais de 3 mil metros de altura. Era sábado (horário local) no horário local e a jovem caiu cerca de 300 m abaixo da trilha. A jovem foi reconhecida pela irmã por meio de imagens de drones de turistas que a localizaram. Ela estava com uma calça jeans, camiseta, luvas e tênis, porém não tinha um casaco e seus óculos (ela tem cinco graus de miopia).

Desde que soube do acidente, a família da jovem criou uma conta nas redes sociais onde fazia um apelo para que ela fosse encontrada. Um grupo de turistas encontrou os parentes dela nas redes sociais e começou a informá-los do que acontecia pelo WhatsApp.

Sábado, 21 de junho (horário de Brasília)

Socorristas chegaram ao local onde Juliana caiu por volta das 4h30 da manhã (14h30 do horário local). Eles tentaram oferecer água e comida, mas sem sucesso, e o resgate precisou ser pausado devido ao mau tempo e às condições ruins do terreno.

Domingo, 22 de junho (horário de Brasília)

Autoridades como a embaixada brasileira na Indonésia foram acionadas e o Governo Federal também monitorava o caso. As equipes chegaram a começar as buscas pela brasileira, mas logo pararam devido às condições climáticas do local. Havia muita neblina, o que impossibilitava o resgate.

Segunda-feira, 23 de junho (horário de Brasília)

O resgate foi retomado na segunda, com auxílio de drones térmicos. Segundo informações da organização do parque, ela foi vista por drones, a 500 m de profundidade, aparentemente sem sinais de movimento.

Mais tarde, as buscas foram retomadas e a equipe desceu 400 m, mas estavam a cerca de 650 m de distância da jovem. “Ela estava bem mais longe do que estimaram”, escreveu a família. Helicópteros estavam sobreaviso, mas não foram utilizados devido ao mau tempo.

Terça-feira, 24 de junho (horário de Brasília)

As buscas por Juliana foram retomadas, com a participação de alpinistas e uma equipe de quase cinquenta pessoas. A escuridão dificultou o acesso à jovem e foi preciso ser montado um acampamento, segundo a administração do parque. O local também foi fechado para evitar curiosos e focar totalmente no resgate de Juliana.

Por volta das 11h, a família fez um comunicado nas redes sociais informando a morte de Juliana. Socorristas chegaram ao local onde ela estava e a encontraram morta. O Itamaraty lamentou a morte da jovem. “O governo brasileiro transmite suas condolências aos familiares e amigos da turista brasileira pela imensa perda nesse trágico acidente”, publicou.

* Com informações de Maria Fernanda Ramos e Talyssa Lima

Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde