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Ativista brasileiro Thiago Ávila foi libertado e já saiu de Israel, confirma Itamaraty

Brasileiro era um dos 12 tripulantes de um navio que levava ajuda humanitária para palestinos; ele ficou detido por três dias e fez greve de fome e água

Brasileiro Thiago Avila era um dos tripulantes do navio com ativistas que tentou ir até em Gaza

O ativista brasileiro Thiago Ávila, que estava a bordo do barco Madleen e foi preso após a embarcação ser interceptada por Israel, foi libertado nesta quinta-feira (12). Ele já embarcou em um voo comercial em direção a Madri, na Espanha, onde fará uma conexão para voltar ao Brasil. As informações foram divulgadas pelo Itamaraty.

Junto ao brasileiro estavam outras 11 pessoas, entre elas, a ativista sueca Greta Thunberg. O grupo pretendia furar o bloqueio de Israel e levar alimentos e insumos básico para a população na Faixa de Gaza.

Mas, mesmo navegando em águas internacionais, entre as costas da Palestina e Egito, o barco foi interceptado por Israel na última segunda-feira (9). Após ser preso, Thiago se recusou a assinar um documento que negou assinar a deportação do país e um documento que proibia a entrada em território israelense por 100 anos.

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Ele chegou a ser colocado em uma solitária e a fazer greve de fome e água em protesto ao bloqueio de Israel. A defesa dos ativistas argumenta que eles foram tratados como se tivessem entrado ilegalmente em Israel, mas que “foram detidos à força em águas internacionais e transferidos para território israelense contra sua vontade”.

Itamaraty diz que prestou assistência a brasileiro e familiares

O Itamaraty afirma que, nos três dias em que o brasileiro esteve preso, atuou de forma a “garantir a segurança e a integridade física” de Thiago. A ação do Ministério das Relações Exteriores se deu por meio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv.

A pasta ainda afirma que manteve contato frequente com os familiares do ativista no Brasil, “de modo a informá-los acerca do estado de saúde do brasileiro e das perspectivas de sua libertação e retorno”.

Por meio de nota, o Itamaraty pediu para que o governo israelense permita o “acesso imediato e sem restrições de alimentos e itens básicos de subsistência na Faixa de Gaza”, considerando as obrigações impostas pelo direito internacional humanitário. O Brasil ainda apelou pelo fim imediato dos ataques de Israel à população palestina.

Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.