A decisão desta sexta-feira (14) da Justiça de Paraná de soltar o ex-policial penal Jorge Guaranho acontece um dia após ele ser condenado a 20 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda, morto aos 50 anos em julho de 2022.
A condenação de Jorge saiu nessa quinta-feira (13) pelo Tribunal do Júri de Curitiba. A defesa entrou com o pedido de habeas corpus e alegou que ele tem problemas de saúde e deveria continuar em prisão domiciliar.
Segundo os advogados, o condenado também foi alvejado por tiros no dia do crime e espancado, sendo necessário o tratamento médico das lesões.
Ao analisar o caso, o desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), concordou com argumentos da defesa e decidiu que Guaranho vai voltar para a prisão domiciliar e deverá usar tornozeleira eletrônica.
O Ministério Público do Paraná (MPPR) havia denunciado Jorge Guaranho pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum, já que a motivação foi uma divergência política do autor com a vítima e, ao entrar atirando, o ex-policial assumiu o risco de ferir um número indeterminado de pessoas.
Relembre o caso
Arruda comemorava o aniversário de 50 anos, em uma festa temática do PT, quando Guaranho invadiu a festa gritando de “Bolsonaro” e “mito”. Ele teria ameaçado os convidados e se retirado do local.
Ao voltar, atirou no aniversariante, que também estava armado e revidou — mas não sobreviveu aos disparos.
Jorge Guaranho (réu) e Marcelo Arruda (vítima)Reprodução | Redes Sociais.
O guarda municipal era casado tinha quatro filhos.
* Com informações de Agência Brasil