O Ministério Público de Santa Catarina aponta que a bebê de oito meses que teve o velório interrompido após familiares perceberem que ela se mexia, em Correia Pinto (SC), já estava sem sinais vitais. A primeira perícia confirmou que ela morreu às 3h da manhã de sábado (19), conforme consta no atestado de óbito emitido no hospital.
A promotoria aponta motivos que explicam por que a criança, mesmo morta, parecia apresentar batimentos cardíacos e temperatura corporal. “O documento é sigiloso por se tratar de uma criança, mas o médico legista aponta diversas razões possíveis para a percepção de calor e leituras de pulso e saturação no oxímetro durante o velório”, afirma o MP.
O anatomopatológico, que deve dar esta explicação e detalhar a causa da morte, deve ficar pronto em 30 dias.
Agora, o MPSC apura se houve negligência no primeiro atendimento médico que a bebê recebeu. O MP foi acionado pelo Conselho Tutelar e expediu ofício para que a Polícia Civil apure as circunstâncias da morte, “priorizando a realização de exame cadavérico para determinar o horário e as causas do óbito, além de requisitar o prontuário médico da criança e a oitiva do médico, dos pais e de testemunhas, sobretudo dos bombeiros e das conselheiras tutelares que atenderam o caso”.
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Relembre o caso
A partir disso, os Bombeiros foram acionados para ir ao velório e constataram que a bebê não apresentava rigidez cadavérica. Com um estetoscópio, notaram fracos batimentos cardíacos fracos. Apesar disso, a criança estava com as pupilas contraídas e sem reflexo.
A bebê foi levada ao hospital Faustino Riscaroli, onde foram realizados novos exames que confirmaram a morte. A confusão deixou os familiares e outros presentes no velório ainda mais consternados.
*Sob supervisão de Enzo Menezes