Dois meses após a morte de Diego, filho do ex-lateral Serginho, Lia Paiva, esposa do ex-jogador e mãe do jovem, falou sobre o ocorrido. Em um vídeo publicado no Instagram, a designer revelou que um dos grandes agravantes da morte do filho foi o uso de cigarro eletrônico.
“Estão vendo isso aqui [mostrando um cigarro eletrônico]? Isso aqui foi uma das grandes causas da partida do meu filho”, iniciou Lia.
“Meu filho partiu no dia 7 de agosto deste ano e foi morar lá no céu, na eternidade, com Deus. Essa é minha única certeza e meu único conforto. Mas eu quero falar para vocês que, de fato, o vape mata”, continuou.
A doença
A ex-esposa do ex-Mila, Cruzeiro, São Paulo, Flamengo e Seleção Brasileira explicou que o filho de 20 anos teve uma infecção generalizada.
“O Diego teve uma bactéria devido a um furúnculo e se contaminou. A gente acredita que foi durante o jiu-jitsu, porque o jiu-jitsu tem grandes chances de você se contaminar, quando tem uma ferida, uma espinha, um furúnculo ou algo assim. Ele ficou com a bactéria no ombro. Ele achava que tinha feito um arm lock, um movimento do ombro e do cotovelo, que é onde ele sentia as dores. Mas não era isso. Na verdade, a bactéria se alojou ali e depois se espalhou pelo corpo todo e ele teve uma septicemia [reação do corpo a um organismo estranho]”, disse.
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Recuperação
Entretanto, a designer revelou novos detalhes da luta do filho contra a bactéria. Segundo ela, os medicamentos começaram a fazer efeito e os médicos estavam confiantes na recuperação.
“Quando a bactéria entra no seu, no meu, no dele, no corpo de qualquer pessoa, ela entra com tudo e aí o nosso organismo começa a lutar contra a bactéria”, pontuou.
“Em quatro dias, os rins liberaram, o fígado ficou ótimo, o coração ficou ótimo. Eles [os médicos] estavam super positivos em relação à recuperação dele. Até que no sexto dia, ele teve um infarto pulmonar e veio a óbito”, contou.
Consequências do vape
A mãe de Diego, então, mostrou um comparativos entre raio-x. O primeiro seria o de uma pessoa saudável e o segundo o do seu filho.
“Se você olhar a primeira imagem [esquerda], seria um pulmão ‘normal’. Tudo preto, como vocês estão vendo. A segunda imagem [direita] é o pulmão do Diego. Branco. Ou seja, ele nem pulmão tinha direito, de tanta infecção que ele tinha no pulmão”, revelou.
Lia explicou que um dos agravantes para a infecção ter se agravado nos pulmões fi o uso de ‘vape’, como são conhecidos os cigarros eletrônicos.
“A causa maior foi a bactéria que invadiu o corpo dele, fez uma septicemia e o pulmão dele não reagiu. Por que o pulmão dele não reagiu? Pelo uso excessivo do vape”, disse.
“Quando a gente fala para vocês: ‘Não fumem vape’, como eu mesma já fumei, não fumem! Isso mata! De fato isso mata. Que isso fique como um grande aprendizado. Joga isso fora”, finalizou com um apelo.
O caso
Ex-jogador do Cruzeiro, do Milan e da Seleção Brasileira, Serginho perdeu, na quarta-feira, 7 de agosto, o filho Diego, de apenas 20 anos.
Por meio das redes sociais, o Milan lamentou a morte de Diego, um dos filhos de Serginho, e classificou o falecimento como “trágica e prematura morte”. O ex-lateral é considerado um dos grandes ídolos da história do clube italiano.
“Unimo-nos em torno de Serginho e da sua família após a trágica e prematura morte do seu filho Diego. Sempre em nossos corações”, lamentou o Milan.