De acordo com a Ford, o novo motor está sendo desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford em Tatuí-SP — no local também foram projetados outros motores da Ranger: Lion 3.0 V6 e o Panther 2.0, ambos turbodiesel. O complexo é um dos sete que a marca mantém globalmente, ao lado de unidades nos Estados Unidos, Europa, Austrália e China.
Ford Ranger Hybrid tem autonomia elétrica de 45 km
No exterior, a motorização híbrida da Ranger entrega 281 cv de potência e 70,3 kgfm de torque combinados, sempre associada ao câmbio automático de 10 marchas e tração integral e-4WD, com caixa de transferência de alcance duplo e bloqueio do diferencial traseiro. Embora a Ford ainda não tenha confirmado números de potência e consumo para a versão flex, as especificações devem ser semelhantes.
A Ranger PHEV manterá as capacidades de carga e reboque das versões a combustão, com até uma tonelada de carga útil e 3,5 toneladas de reboque. A bateria de 11,8 kWh permitirá autonomia elétrica de cerca de 45 km, ideal para trajetos urbanos de curta distância.
A produção da picape e do novo motor híbrido-flex ocorrerá no complexo industrial de Pacheco, na Argentina, que receberá um investimento adicional de US$ 170 milhões para adequação da linha de montagem. O valor se soma aos US$ 700 milhões já aplicados nos últimos quatro anos, usados para modernizar a fábrica, lançar a nova geração da Ranger, construir uma nova unidade de motores e introduzir versões de cabine simples da picape.
Bateria do sistema híbrido pode ser recarregada em fontes externas
Com esses investimentos, a fábrica argentina se consolida como polo estratégico da Ford na América do Sul.
No Brasil, a Ranger vive um momento de alta: em 2025, é a segunda picape média mais vendida do país, com mais de 28 mil unidades emplacadas até outubro — média de quase 3 mil veículos por mês, ficando atrás apenas da Toyota Hilux, que soma quase 37 mil emplacamentos no acumulado do ano.