A Ford anunciou na noite desta terça-feira (9) que lançará 20 modelos no Brasil nos próximos dois anos. O primeiro será a versão híbrida plug-in da picape Ranger, que chegará ao mercado brasileiro em 2027. A maioria dos novos modelos é formada por SUVs e picapes (como as versões cabine simples e chassi da Ranger), além de vans da linha Transit e um cupê, que deverá ser alguma versão inédita do Mustang.
A produção da Ranger híbrida plug-in (PHEV) na Argentina a partir de 2027 foi confirmada pela Ford há algumas semanas. A picape será movida pelo motor EcoBoost 2.3 turbo flex de quatro cilindros, combinado a um propulsor elétrico, formando um conjunto híbrido inédito e desenvolvido especialmente para o mercado brasileiro.
De acordo com a Ford, o Centro de Desenvolvimento e Tecnologia em Tatuí-SP já trabalha no novo motor, que será capaz de funcionar com etanol e gasolina em qualquer proporção de ambos os combustíveis. No local também foram projetados outros motores da Ranger: Lion 3.0 V6 e o Panther 2.0, ambos turbodiesel. O complexo é um dos sete que a marca mantém globalmente, ao lado de unidades nos Estados Unidos, Europa, Austrália e China.
Baterias da Ford Ranger híbrida plug-in podem ser recarregadas em fontes externas
No exterior, a motorização híbrida da Ranger entrega 281 cv de potência e 70,3 kgfm de torque combinados, sempre associada ao câmbio automático de 10 marchas e tração integral e-4WD, com caixa de transferência de alcance duplo e bloqueio do diferencial traseiro. Embora a Ford ainda não tenha confirmado números de potência e consumo para a versão flex, as especificações devem ser semelhantes.
A Ranger PHEV manterá as capacidades de carga e reboque das versões a combustão, com até uma tonelada de carga útil e 3,5 toneladas de reboque. A bateria de 11,8 kWh permitirá autonomia elétrica de cerca de 45 km, ideal para trajetos urbanos de curta distância.
A produção da picape e do novo motor híbrido-flex ocorrerá no complexo industrial de Pacheco, na Argentina, que receberá um investimento adicional de US$ 170 milhões para adequação da linha de montagem. O valor se soma aos US$ 700 milhões já aplicados nos últimos quatro anos, usados para modernizar a fábrica, lançar a nova geração da Ranger, construir uma nova unidade de motores e introduzir versões de cabine simples da picape.