O queijo sempre esteve presente na culinária, mas vive, agora, um momento de ascensão na alta gastronomia. Em meio ao reconhecimento internacional, o
Produzido em diferentes regiões do estado de Minas Gerais, o Queijo Minas Artesanal é mais do que um laticínio: é um símbolo de identidade cultural e tradição. Versatilidade, sabor único e textura tornam esse ingrediente indispensável na cozinha. Do tradicional pão de queijo ao risoto de queijo minas curado, as possibilidades são infinitas.
Apreciado em tábuas de queijos e frios, o Queijo Minas Artesanal também é um parceiro ideal em criações culinárias complexas. Ele pode harmonizar com geleias e doces, como a clássica goiabada ou surpreender em sobremesas inusitadas.
Canoli de goiabada com creme de queijo
O professor Andrey Pereira Lage, do departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador do Inovaleite, estudo que busca entender o que a flora microbiana do queijo, explicou como as bactérias vão mudando ao longo do tempo e como isso reflete no sabor e aroma do queijo.
“Essa caracterização da evolução dos microrganismos que estão no queijo, é o que vai dar sabor, aroma. E podem servir para ser uma assinatura desse queijo, ou seja, ele pode trazer um perfil que me fale que esse queijo é canastra, esse queijo é do Serro”, afirmou o professor à Itatiaia.
Nhoque com fonduta de queijo taioba e baru
Chefs mineiros destacam o queijo
Nos pratos, o queijo faz a culinária mineira ser especial. Segundo a professora do Instituto de Hospitalidade e Artes Culinárias (INHAC), Midiã de Oliveira, não é apenas sobre o sabor único, mas também sobre a identidade cultural.
Chef Midiã Oliveira do INHAC
“Eles têm uma grande versatilidade culinária, podem ser usados em entradas, pratos principais e sobremesas, trazendo identidade e riqueza sensorial às preparações”, pontuou a chef à reportagem.
Para o chef mineiro Felipe Galastro, o queijo é o coringa da culinária.
Chef Felipe Galastro
“Ele pode ser usado como um petisco, como um aperitivo, na entrada, no prato principal, numa sobremesa. Pode ser servido quente ou frio. Adiciona textura. Ele pode trazer cremosidade, enriquecer um molho, ser recheio de algum prato, de alguma carne ou vegetal”, afirmou o chef à Itatiaia.
Um dos chefs mineiros mais conhecidos e renomados, Leo Paixão vê o queijo como símbolo da mineiridade.
Chef Léo Paixão
A diversidade do Queijo Minas Artesanal varia de acordo com a região de produção, o tempo de cura e o processo de maturação. O queijo da Serra da Canastra, com sabor mais forte e um dos mais usados pelos chefs; o do Serro, mais úmido, ou o do Cerrado, com acidez marcante.
Cada queijo, das 10 regiões produtoras do QMA, oferece uma experiência sensorial única mas cumpre a tradição: feito apenas com com leite cru (in natura), pingo, coalho e sal.
Série especial
Para debater o cenário do queijo mineiro, o Itatiaia Agro preparou a série especial ‘Somos do mundo, e agora? O cenário do Queijo Minas Artesanal após o título da Unesco’.
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