Amigas e amigos do Agro!
O produtor agrícola brasileiro a cada minuto precisa se desviar de barreiras que são interpostas por “autoridades” que tecnicamente demonstram falta de conhecimento de setores em atividade durante várias décadas. E a tilápia parece que virou a bola da vez para orgãos teóricos do governo federal.
Após décadas, o Ministério do Meio Ambiente e seus sub-órgãos internos, estavam chegando a conclusão que vários setores que movimentam a economia brasileira trabalham como invasores e predadores da fauna e flora nacional.
O primeiro exemplo é o setor da tilápia, considerada o “frango d’água” brasileiro pela sua qualidade, praticidade e preços mais acessíveis para o consumidor, enfim, o peixe que mais frequenta a mesa do brasileiro.
O primeiro tranco sofrido pelos produtores foi o acordo feito pelo presidente Lula com o governo do Vietnã. Venda de carne bovina para os vietnamistas, vindo em troca uma tilápia que tem o risco de trazer um vírus nunca registrado no Brasil e, o pior, um peixe subsidiado pelo governo local para concorrer com preços mais em conta do que os praticados aqui no Brasil por causa dos altos impostos.
Mais recentemente, o Ministério do Meio Ambiente lançou uma investigação sobre vários animais e plantas considerados pelos técnicos como invasores e predadores da fauna e flora brasileiras.
Lá vem a tilápia de novo! Um setor que cresce numa escalada importante, proporcionando empregos, mais atividade para a agricultura familiar e receita cambial para o país.
A pressão do setor está pesando muito com apoio das entidades ligadas à pesca e à ala política que defende a agropecuária brasileira. De repente, os autores dessa ideia no MMA parece terem acordado e tomado conhecimento do que representa essa fatia da economia.
E veio a suspensão temporária da investigação sobre a tilápia. Em nenhum momento o governo retirou o processo de pauta. Está descansando para novas investidas no futuro.
Então, qual é a seguranca dos produtores para continuarem investindo e crescendo numa atividade que navega num país que tem a maior bacia hidrográfica do mundo?
E se amanhã, vem o MMA e tira esse processo da gaveta novamente? Como que, principalmente, o pequeno produtor vai tirar financiamento no banco, pagando juros altos e no final das contas perder seu investimento.
Agricultura familiar no Brasil não passa de baita instrumento político, uma urna exclusiva de votos direcionados na próxima eleição.
Para ilustrar, vejamos a situação dos pequenos produtores de leite que atravessam uma das maiores crises da história, porque o governo federal libera sem limites a entrada do leite em pó argentino e uruguaio beneficiando a indústria e deixando o produtor no canto do curral.
Depois de duas reuniões essa semana em Brasília com o vice-presidente Geraldo Alckmim, ficou decidido que o governo vai impor tarifas para regular a entrada do leite em pó no Brasil.
Só que essas tarifas precisam ser impostas ainda esse ano, porque o produtor está recebendo na média de R$ 0,30 menos que o custo de produção. Os pequenos estão pagando para levar o leite à mesa do brasileiro.
Itatiaia Agro, Valdir Barbosa!