Pouco mais de 40 dias após o
“No momento, não tivemos efeito direto. Eu compreendo por duas coisas. Estamos na entressafra, não começamos ainda a entregar os bois confinados. Vamos começar agora, no final de setembro, começo de outubro. Os confinamentos duram muito bem no período de não chuvas. Quando começa a chover, começa a soltar o boi, porque senão ele começa a ficar lá atolado no coxo”, explicou durante coletiva de imprensa do Congresso Nacional da Carne
Mesmo sem impacto imediato e com novas oportunidades no mercado externo, De Salvo acredita que o Brasil não deveria entrar em conflito com os Estados Unidos. “Vários mercados asiáticos estão sendo abertos, vários mercados em volta do mundo estão sendo abertos. Mas temos uma relação de 200 anos com os americanos. Eu aprendi que na minha fazenda o cliente tem sempre razão. Então eu não gostaria de brigar com os Estados Unidos”, afirmou.
Autoridades e entidades no Conacarne
Durante participação no evento, a senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, criticou a postura do Governo Federal diante da crise com os americanos.
“Falta tato do governo brasileiro, porque quem está no Executivo precisa ter esse canal de conversa. O governo brasileiro nunca deu atenção desde que o presidente Trump chegou ao poder. Essa falta de diálogo, essa falta de interesse nesta conversa com a maior potência mundial”, disse a senadora.
Conacarne
Belo Horizonte se tornou, nesta quinta-feira (18), o palco das discussões sobre o futuro da
Na abertura oficial do congresso, Antônio de Salvo, ressaltou a a necessidade de inovação do setor. “O Conacarne simboliza a força da nossa pecuária, uma atividade essencial para o país e que exige união entre lideranças e instituições. Precisamos impulsionar esse setor estratégico da economia. Estamos crescendo, mas é hora de romper com práticas do passado. A pecuária de precisão não é mais uma tendência, é uma necessidade. Temos que levar mais tecnologia para dentro das fazendas, investir em gestão e avançar em sanidade. Já fizemos muito, mas ainda temos um longo caminho pela frente”, pontuou.
Durante os dois dias, especialistas do setor, pecuaristas, técnicos e formadores de opinião vão discutir o futuro da carne bovina brasileira e as estratégias que estão mudando o mercado no Brasil e no mundo.