Os preços da cenoura nos primeiros quinze dias de novembro registraram queda. A redução é um reflexo dos maiores envios de Minas Gerais, principal produtor nacional, às principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. Os dados fazem parte do 11º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta terça-feira (25) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo o Boletim, em outubro as cotações da cenoura registraram comportamento distinto nas Ceasas. Em Curitiba, por exemplo, a Conab verificou alta de 39,02% na média ponderada. De modo inverso, com percentuais negativos elevados, apareceram as Ceasas do Rio de Janeiro (-17,01%) e de Rio Branco (-16,56%). No geral, os preços no último mês para a raiz foram de estabilidade quando comparados com setembro.
Já a
Além da alface, banana e mamão também registraram queda na média ponderada dos preços em outubro, quando comparados com o valor de comercialização praticado em setembro. Para o mercado da banana, a queda na média ponderada das cotações foi de 4,14%, influenciada pela maior oferta da variedade prata, principalmente pela fruta proveniente do norte mineiro, do meio-oeste baiano, do Vale do Ribeira (SP) e também do Ceará, que ampliou seu fornecimento. Por outro lado, a disponibilidade de banana nanica permaneceu, pelo segundo mês consecutivo, em níveis baixos nos principais polos produtores.
No caso do mamão, as cotações iniciaram o mês em alta, impulsionadas pela maior demanda pela fruta e oferta reduzida. No entanto, após a segunda quinzena, os preços recuaram em razão tanto da menor procura pelo produto como pelo aumento da quantidade da fruta encontrada nos mercados analisados, favorecido pela elevação das temperaturas. Com isso, a média ponderada de preços em outubro registrou uma redução de 5,05% em relação a setembro.
Aumento dos preços de hortaliças
A cebola, batata, tomate, laranja, maçã e melancia ficaram mais caras em outubro. Após um período de queda iniciado em junho, o preço da cebola voltou a subir. Na média ponderada, houve incremento de 12,24% em relação a setembro. O volume ofertado apresentou aumento de apenas 3,2% em relação a setembro e não foi capaz de segurar a alta dos preços que podem ter sido influenciados pela demanda e qualidade do produto.
Para a
No caso do
Dentre as frutas, os preços da laranja subiram 4,3% na média ponderada. O início de outubro foi marcado pela maior demanda e menor oferta. Já no final do mês passado, foi verificado aumento da colheita e a queda da procura tradicional para o período. O comportamento do mercado de
Para a melancia, o boletim aponta para uma troca dos principais estados fornecedores da fruta. A colheita já está finalizada no Tocantins e entra em reta final em Goiás, e há aumento da melancia produzida em São Paulo e na Bahia, que serão as principais regiões a abastecer os mercados nos próximos meses. Com relação à demanda, o mês de outubro foi marcado por oscilações, uma vez que a procura pelo produto tradicionalmente reage negativamente à elevação das chuvas nos principais centros consumidores.
Exportações
A temporada registrou até o momento boas vendas, especialmente para a Europa e Ásia, com volumes e receitas superiores aos dos anos anteriores. De janeiro a outubro deste ano, o volume total exportado foi de 1,07 milhão de toneladas, alta de 31,5% em relação ao mesmo período de 2024. O faturamento somou US$ 1,19 bilhão (FOB), alta de 13,47% frente ao registrado entre janeiro e outubro de 2024, como mostram dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).