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Demorar para trocar o óleo
O atraso na substituição continua sendo o problema mais comum. Com o tempo, o óleo perde eficiência, oxida e engrossa, prejudicando a lubrificação. Segundo o coordenador de capacitação técnica dos Lubrificantes Mobil, José Cesário Neto, o ideal é seguir rigorosamente os intervalos indicados no manual do proprietário, que variam entre 5 mil e 10 mil quilômetros ou de seis meses a um ano, dependendo do tipo de óleo. Mesmo com baixa quilometragem, o produto envelhece e deixa de proteger adequadamente as peças internas.
Viscosidade incorreta
Outro erro frequente é utilizar um óleo com viscosidade diferente da recomendada. O analista de lubrificantes da Lubrax, André Lobo, explica que cada motor é projetado para trabalhar com uma viscosidade específica. Quando ela está errada, aumenta o atrito, reduz a potência e eleva o consumo de combustível. Em motores turbo modernos, a escolha incorreta pode causar até falta de lubrificação em áreas críticas.
Não trocar o filtro
Ignorar o filtro de óleo também traz consequências sérias. A coordenadora de Assistência Técnica da Total Lubrificantes do Brasil, Denise Novaes, alerta que o filtro acumula óleo oxidado e impurezas que contaminam o lubrificante novo quando não é substituído. Isso acelera o desgaste de pistões, anéis e cilindros, criando danos que podem custar milhares de reais.
Nível incorreto
O nível incorreto do óleo é outro vilão silencioso. Abaixo do mínimo, o motor perde potência e pode superaquecer. Acima do máximo, aumenta a pressão interna, provoca vazamentos e gera fumaça azul pelo escapamento. A recomendação é conferir o nível com o carro frio e em superfície plana.
Misturar óleos diferentes
Misturar óleos diferentes também é um risco. A prática só é segura quando todos os produtos têm a mesma base, viscosidade e classificação técnica. Fora disso, as propriedades químicas são alteradas e a lubrificação perde eficiência.
Outros erros
Detalhes simples durante a troca fazem diferença no resultado final. Usar estopa na vareta, apertar demais o bujão do cárter ou derramar óleo sobre componentes sensíveis podem gerar problemas adicionais e aumentar o custo da manutenção.
Quando os erros se acumulam, os sinais aparecem no dia a dia. Aumento no consumo de combustível, perda de potência, ruídos metálicos e fumaça excessiva indicam falhas de lubrificação. Em casos extremos, a formação de borra pode obstruir canais internos e travar o motor, exigindo reparos que ultrapassam cinco mil reais.
A recomendação de especialistas é seguir, sempre, as instruções do manual do proprietário.