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Quantas vezes é normal ir ao banheiro durante a noite e quando você deveria se preocupar?

A vontade de ir ao banheiro durante a madrugada pode estar ligada à quantidade de líquidos ingeridos antes de dormir, mas também pode indicar outros fatores de risco

Urinar com frequência durante a madrugada pode ser um sinal de alerta para problemas de saúde

Urinar diversas vezes ao longo do dia é uma forma natural de o organismo eliminar toxinas e o excesso de líquidos. Durante o sono, no entanto, o corpo tende a reduzir esse processo, priorizando o descanso profundo. Ainda assim, não é incomum sentir vontade de fazer xixi durante a noite.

Na maioria dos casos, levantar uma ou duas vezes para ir ao banheiro nesse período é considerado normal, especialmente quando há ingestão significativa de água nas horas que antecedem o sono. A gravidez, por exemplo, é uma condição que naturalmente aumenta essa necessidade.

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Contudo, segundo o portal especializado em enfermidades e saúde Cuídate Plus, a situação pode indicar um desequilíbrio quando as idas ao banheiro ultrapassam três vezes por noite, mesmo com consumo moderado ou reduzido de líquidos. Nesses casos, especialistas recomendam anotar a quantidade de água ingerida e o número de micções para acompanhamento.

Se o problema persistir, é recomendável procurar orientação médica, já que a chamada noctúria pode estar relacionada a causas como:

  • Aumento benigno da próstata;
  • Diabetes;
  • Comprometimento renal ou cardíaco;
  • Bexiga hiperativa;
  • Doenças neurológicas ou autoimunes;
  • Redução dos níveis de estrogênio.

Há como evitar? Quais são os impactos?

De acordo com o Cuídate Plus, é possível minimizar os episódios de noctúria por meio de uma alimentação rica em vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis. Também é importante evitar reter a urina por longos períodos, reduzir ou eliminar o consumo de bebidas alcoólicas e com cafeína, manter as pernas elevadas em casos de inchaço e restringir a ingestão de líquidos no período noturno.

A condição é mais frequente em pessoas com mais de 50 anos e pode afetar diretamente a qualidade do sono e o bem-estar mental, contribuindo, inclusive, para o desenvolvimento de quadros de depressão.

Jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente, é repórter multimídia no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Antes passou pela TV Alterosa. Escreve, em colaboração com a Itatiaia, nas editorias de entretenimento e variedades.