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Dia dos Avós: por que é crucial evitar o isolamento dos idosos?

A solidão pode aumentar o risco de doenças infecciosas e crônicas nessa faixa etária

Para além de uma simples data, o Dia dos Avós, celebrado neste sábado (26), é um momento para refletirmos sobre a importância dos idosos e a necessidade de oferecer a eles o cuidado e a atenção que merecem.

Com o envelhecimento natural do corpo e da mente, muitos idosos tornam-se mais suscetíveis a doenças, tanto físicas quanto emocionais, sobretudo quando enfrentam situações de isolamento social.

Compreender o envelhecimento é essencial

É fundamental compreender as mudanças que acompanham a terceira idade. Com o tempo, a autonomia tende a diminuir, os reflexos tornam-se mais lentos e a personalidade pode se intensificar. Tudo isso pode contribuir para o afastamento social, provocado por fatores como perda auditiva, declínio cognitivo, timidez ou a sensação de não serem mais compreendidos.

Manter um vínculo afetivo com os avós permite perceber com mais clareza suas dificuldades e necessidades. A comunicação, que tende a se tornar mais limitada com o passar dos anos, exige escuta atenta, paciência e empatia. Demonstrar interesse genuíno por suas histórias, opiniões e sentimentos pode impactar positivamente o bem-estar emocional deles.

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Por que é importante prevenir o isolamento dos idosos?

De acordo com o Instituto Nacional do Envelhecimento dos Estados Unidos, idosos que se sentem solitários apresentam maior probabilidade de serem internados com frequência ou encaminhados para instituições de longa permanência.

A solidão vai além do aspecto emocional e pode comprometer diretamente a saúde física. Estudos indicam que o isolamento prolongado pode elevar a pressão arterial, prejudicar o coração, enfraquecer o sistema imunológico e aumentar a vulnerabilidade a doenças crônicas e infecciosas. Entre os efeitos mais comuns estão:

  • Hipertensão
  • Oscilações de peso (obesidade ou emagrecimento)
  • Ansiedade e depressão
  • Déficits de memória e concentração
  • Maior risco de demência
  • Doenças cardiovasculares
  • Redução da imunidade

A ausência de convivência e estímulos sociais pode desencadear processos inflamatórios no organismo, reduzindo a capacidade de defesa do corpo. No aspecto neurológico, a falta de estímulo cognitivo contínuo está associada a doenças como o Alzheimer.

Como apoiar um idoso e promover sua inclusão social

Atitudes simples e frequentes podem fazer grande diferença na vida de uma pessoa idosa. Algumas formas de contribuir incluem:

  • Incentivar a participação em atividades sociais e momentos de lazer com outras pessoas.
  • Estimular a retomada de hobbies antigos ou a descoberta de novos interesses.
  • Manter contato constante e ouvir com atenção o que têm a dizer.
  • Orientar sobre a importância de cuidar da saúde e manter os exames em dia.
  • Compartilhar histórias e memórias, criando momentos de conexão e acolhimento.
  • Ensinar o uso da tecnologia para facilitar o contato com familiares e amigos.
  • Sugerir a prática de atividades físicas leves, sempre respeitando seus limites.
Jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente, é repórter multimídia no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Antes passou pela TV Alterosa. Escreve, em colaboração com a Itatiaia, nas editorias de entretenimento e variedades.