Um estudo da Universidade de Tohoku, no
A pesquisa, publicada no Tohoku Journal of Experimental Medicine, acompanhou voluntários durante três meses. Um grupo fez, ao menos quatro vezes por semana, exercícios lentos e controlados que simulavam ações do dia a dia, como sentar, levantar e agachar. O protocolo levava apenas cinco minutos. Outro grupo não mudou sua rotina.
Segundo o comunicado da universidade, práticas tradicionais japonesas como sentar-se na postura seiza (ajoelhado no chão com as pernas dobradas sob o corpo), ou usar vasos sanitários em que é necessário se agachar, ajudavam a fortalecer as pernas por gerações. Mas os costumes vêm diminuindo. “Os tatames estão se tornando obsoletos, e cadeiras e banheiros de estilo ocidental estão se tornando mais populares.”, explicou o estudo.
Para os cientistas, o Rei-ho funciona como um elo entre tradição e saúde no dia a dia, mas, até agora, ninguém havia medido com precisão os ganhos físicos ligados a essa herança cultural.
Os resultados foram claros: após três meses, quem seguiu o método teve um aumento médio de 25,9% na força de extensão do joelho, contra apenas 2,5% do grupo que não fez os exercícios. “Em particular, a força de extensão do joelho (a força usada para endireitar os joelhos) representa uma medida essencial da mobilidade e do funcionamento diário”, explicou a pesquisadora Ayaka Ogasawara. Ela completou: “Esses resultados encorajadores sugerem que o Rei-ho pode ajudar os idosos a manter sua independência”.
Além de eficaz, a rotina se mostrou simples: curta, sem custos, sem aparelhos e fácil de adaptar a qualquer ambiente. O pesquisador Akira Sato destacou: “Achamos valioso que aqueles que não moram no Japão e querem experimentar o Rei-ho possam vivenciar um aspecto único da antiga tradição japonesa, além dos benefícios à saúde”.