Carlo Acutis é canonizado no Vaticano e se torna o 1º santo da geração millennial
O adolescente, que morreu em outubro de 2006, aos 15 anos, vítima de leucemia, tornou-se a pessoa dos tempos modernos mais jovem a alcançar a santidade na Igreja Católica.
Carlo Acutis foi beatificado em 2020
O primeiro milagre ocorreu em 2013, em Campo Grande-MS, quando um menino de sete anos, com uma grave doença no pâncreas, sem cura médica, recuperou a saúde após entrar em contato com um pedaço da camiseta de Acutis. A cura foi considerada milagrosa e abriu caminho para a beatificação.
O segundo milagre aconteceu em maio deste ano e envolveu a estudante costarriquenha Valeria Valverde, de 21 anos. Segundo o Vaticano, a mãe da jovem peregrinou até a tumba de Acutis, em Assis, na Itália, para pedir por sua recuperação após um grave trauma cerebral causado por um acidente de bicicleta. Depois da visita, os médicos confirmaram a recuperação total, classificada como “inexplicável” pela Ciência.
Por causa desses dois milagres, o papa Leão XIV canonizou Carlo Acutis. O corpo dele está em uma tumba aberta no Santuário da Espoliação, em Assis, na Itália.
A vida de Carlo Acutis
Nascido no Reino Unido e criado na Itália, Carlo Acutis ficou conhecido por documentar milagres e promover a evangelização na internet. Mesmo vindo de uma família não praticante, ele desenvolveu desde cedo um intenso trabalho de fé com aplicativos e vídeos religiosos, sendo reconhecido em 2020 como o primeiro beato ‘nativo digital’.
Segundo o site Vatican News, a história de Acutis é conhecida por muitos: “Muito jovem, um talento da primeira época da Internet junto com um grande coração para qualquer pessoa, já desde criança e especialmente com seus colegas, a quem ajuda em tudo o que pode”.
A descrição oficial da Santa Sé diz que “Acutis foi um adolescente precoce de inteligência e alma, como corresponde a alguém que nasceu original, mas não morrerá sendo uma fotocópia”.
“Em 2006, com 15 anos, Carlos Acutis já havia aberto o caminho do que significa ter fé, amar a Igreja e os pobres, e traficar sua criatividade na rede para deixar uma mensagem, com sua exposição sobre os milagres eucarísticos, que não se consome perdendo-se como tantos algoritmos”, destacou o Vaticano.
Para que uma pessoa seja canonizada, é preciso que já tenham se passado ao menos cinco anos desde sua morte, que tenha levado uma “vida cristã exemplar” e que a Igreja reconheça pelo menos dois milagres atribuídos à sua intercessão, sendo necessário que um deles aconteça após a beatificação.