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Segundo os pesquisadores, usuários de
Embora a forma de consumo da cannabis não tenha sido especificada, a maioria dos casos provavelmente envolvia o fumo, de acordo com dados epidemiológicos. A hipótese de que o fumo pode ser o problema foi levantada por Lynn Silver, professora da Universidade da Califórnia em San Francisco, que publicou uma editorial sobre o tema. Ela destaca que, assim como o tabaco, a fumaça da maconha contém substâncias tóxicas que podem danificar os vasos sanguíneos e favorecer a coagulação. “Qualquer uma das muitas maneiras de inalar cannabis terá riscos para o usuário, e também há riscos do fumo passivo, que são semelhantes aos do tabaco”, escreveu.
A toxicidade da fumaça também foi reforçada pela pesquisadora Beth Cohen, da mesma universidade: “Quando se queima algo, já seja tabaco ou cannabis, se criam compostos tóxicos, carcinógenos e partículas que são prejudiciais para a saúde”.
No entanto, os riscos não se limitam à forma fumada. Um estudo anterior, publicado na revista Jama Cardiology, encontrou sinais de doenças cardíacas precoces até mesmo entre pessoas que consumiram comestíveis contendo tetrahidrocanabinol (THC), o principal composto psicoativo da maconha.
Diante das evidências, especialistas defendem maior conscientização entre profissionais de saúde e pacientes. “Os profissionais clínicos devem avaliar o consumo de cannabis e educar as pessoas sobre seus efeitos nocivos, assim como fazemos com o tabaco, já que em alguns grupos populacionais ela é consumida mais do que o cigarro”, alertou Silver.