Como a automotivação e a inteligência emocional influenciam o bem-estar

Psicólogos explicam como essas habilidades podem transformar a vida pessoal e profissional

Cada dia traz desafios, sejam eles pessoais ou profissionais. Como manter o foco e superar dificuldades sem perder o bem-estar? A resposta pode estar na automotivação e na inteligência emocional, habilidades cada vez mais valorizadas pela psicologia moderna. Elas são fundamentais para adaptar-se a ambientes exigentes e podem ser treinadas ao longo da vida.

A automotivação ajuda a persistir frente aos obstáculos e a controlar emoções negativas. Já a inteligência emocional facilita a interpretação das emoções, permitindo melhores decisões e relações mais saudáveis. Juntas, essas competências contribuem para um desenvolvimento pessoal equilibrado e resiliente, o que é essencial em uma sociedade cada vez mais complexa.

De acordo com o Instituto Europeu de Psicologia Positiva, a automotivação não depende apenas da personalidade, mas pode ser estimulada com estratégias de autorregulação, como o estabelecimento de metas significativas e planejamento. Pesquisas recentes, publicadas na revista científica INVECOM, mostram que muitas pessoas subestimam sua capacidade de se motivar sem incentivos externos, embora os estudos provem que, ao conectar a atividade com valores pessoais ou com o crescimento, o esforço se mantém firme.

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Automotivação e inteligência emocional

A teoria da autodeterminação, criada por Deci e Ryan, explica que a motivação mais eficaz surge da autonomia, competência e relacionamentos interpessoais. Quando essas necessidades psicológicas são atendidas, o comprometimento e o bem-estar aumentam significativamente.

Estudos confirmam que a motivação autônoma está ligada a melhores resultados acadêmicos e a um menor risco de transtornos como ansiedade e depressão. Por outro lado, a inteligência emocional, segundo o modelo de Mayer e Salovey, envolve a percepção, compreensão e regulação das emoções, facilitando uma adaptação melhor ao ambiente e relações mais saudáveis. Além disso, quem tem maior inteligência emocional consegue lidar melhor com o estresse, assumir compromissos com as tarefas e apresentar um desempenho superior no trabalho, com menos risco de esgotamento emocional.

A inteligência emocional também está relacionada à resiliência, ou seja, à capacidade de manter a motivação e focar em metas mesmo diante de fracassos ou frustrações. A regulação de emoções negativas, como o medo do fracasso, ajuda a preservar a automotivação e o foco nos objetivos pessoais ao longo do tempo.

Fortalecendo as habilidades

É possível treinar a automotivação e a inteligência emocional em qualquer fase da vida. Programas de educação emocional têm mostrado bons resultados na regulação das emoções e no aumento da empatia. A teoria da autodeterminação, aplicada tanto em contextos educacionais quanto organizacionais, favorece a motivação autônoma e pode ser um grande aliado na busca pelo bem-estar.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação Duo, FBK, Gira e Viver.

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