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Segundo dermatologistas especializados em Tricologia (ramo da ciência que trata dos pêlos ou cabelos), o crescimento dos fios está diretamente ligado à saúde dos folículos e à circulação sanguínea no couro cabeludo. Quando esses fatores são estimulados corretamente, o cabelo tende a crescer mais forte e resistente.
Por que o cabelo demora a crescer?
Cada fio passa por três fases ao longo da vida. A fase anágena é a do crescimento ativo e pode durar de dois a sete anos. Depois vem a fase catágena, de transição, e a telógena, quando o fio entra em repouso antes de cair. Durante o crescimento ativo, o cabelo aumenta cerca de 1 centímetro a cada 28 dias.
Problemas como estresse, alimentação pobre em nutrientes, excesso de química, uso frequente de calor e alterações hormonais podem interromper esse ciclo natural e dificultar o crescimento visível dos fios.
Massagem no couro cabeludo
A massagem capilar vai além do relaxamento. Movimentos circulares feitos com as pontas dos dedos ajudam a aumentar a circulação sanguínea no couro cabeludo, levando mais oxigênio e nutrientes aos folículos.
O ideal é massagear a região por cinco a dez minutos, todos os dias, com o cabelo seco ou durante o banho. Estudos recentes mostram que esse hábito contínuo pode deixar os fios mais espessos e melhorar a densidade capilar em poucas semanas.
Alimentação
O cabelo é formado principalmente por queratina, uma proteína que depende da alimentação para ser produzida. Dietas pobres em proteínas, vitaminas e minerais podem comprometer o crescimento capilar.
Carnes magras, peixes, ovos, leite e derivados ajudam a fortalecer os fios. O ovo, por exemplo, é rico em biotina e vitamina D, nutrientes importantes para os folículos. Ferro, zinco e ômega 3 também são aliados do crescimento saudável e podem ser encontrados em alimentos como espinafre, castanhas, peixes, abacate e frutas cítricas.
Óleos essenciais
Alguns óleos naturais são conhecidos por estimular o crescimento capilar. O óleo de alecrim melhora a circulação sanguínea e ajuda a manter o couro cabeludo saudável. O óleo de lavanda contribui para a hidratação e auxilia no controle da queda. Já o óleo de coco protege a fibra capilar e reduz a perda de proteínas.
A recomendação é misturar algumas gotas do óleo essencial com óleo de coco, aplicar no couro cabeludo, massagear e deixar agir por cerca de 30 minutos antes de lavar. O uso pode ser feito até três vezes por semana.
Babosa
Usada há gerações, a babosa ou aloe vera possui enzimas que estimulam os folículos e ajudam no crescimento de novos fios. O gel da planta hidrata profundamente, reduz a quebra e fortalece o cabelo desde a raiz.
O gel pode ser aplicado diretamente no couro cabeludo, deixado agir por até 45 minutos e depois enxaguado. A planta é rica em vitaminas e nutrientes que favorecem a saúde capilar.
Reduzir química e calor
Procedimentos químicos frequentes enfraquecem a estrutura dos fios e aumentam a quebra, o que impede que o cabelo cresça de forma visível. O mesmo acontece com o uso excessivo de chapinha, secador e babyliss.
Especialistas recomendam espaçar químicas, investir em hidratações regulares e reduzir o uso de ferramentas de calor. Sempre que possível, deixar o cabelo secar naturalmente faz diferença no resultado final.
Hidratação constante
Cabelos ressecados quebram com mais facilidade. Por isso, manter uma rotina de hidratação é essencial para quem deseja fios longos e saudáveis. Máscaras caseiras com ingredientes como abacate, mel e azeite de oliva ajudam a devolver nutrientes e brilho ao cabelo.
Aplicar esse tipo de hidratação uma vez por semana já contribui para fios mais resistentes e com aparência saudável.
Resultados exigem paciência
Os métodos naturais funcionam, mas não fazem milagres imediatos. Os primeiros sinais de melhora costumam aparecer entre dois e três meses de cuidados contínuos. A genética também influencia a velocidade do crescimento, mas esses hábitos ajudam o cabelo a atingir seu melhor potencial.
Se houver queda intensa, falhas no couro cabeludo ou crescimento muito lento, a orientação é procurar um dermatologista. Em alguns casos, o problema pode estar ligado a questões hormonais ou deficiências nutricionais que precisam de tratamento específico.