Detectado em 1º de julho de 2025 pelo
A velocidade impressionante de 210 mil km/h e sua órbita hiperbólica indicam que o 3I/Atlas não está preso à gravidade do Sol. Além disso, sua idade estimada, cerca de 10 bilhões de anos, o torna mais antigo que o próprio Sistema Solar, transformando-o em uma verdadeira cápsula do tempo cósmica.
Mas o que mais chamou atenção foi o comportamento incomum do cometa. O astrofísico Avi Loeb, de Harvard, identificou anomalias que o tornariam um possível ‘objeto de origem tecnológica’. Entre elas, estão a formação de uma antícola voltada para o Sol, trajetória precisa próxima a Marte, Vênus e Júpiter, e composição química rica em níquel e compostos industriais, mas pobre em água.
Loeb também destacou coincidências intrigantes, como o alinhamento orbital com a região do espaço onde, em 1977, foi detectado o famoso sinal de rádio ‘Wow!’. Para ele, o 3I/Atlas pode ser um artefato inteligente, ainda que a hipótese natural continue sendo a mais provável. “Queremos ver os dados científicos antes de tirar conclusões”, afirmou o pesquisador.
Outros astrônomos, como o argentino Diego Bagú, ouvido pelo Infobae, discordam das teorias mais ousadas. Ele reforça que o 3I/Atlas é um cometa “como qualquer outro”, ainda que repleto de peculiaridades. Para Bagú, fenômenos como a anticola e a alta velocidade têm explicações físicas conhecidas, ligadas ao vento solar e à trajetória do objeto.
Segundo especialistas, mesmo sem consenso, o 3I/Atlas continua despertando fascínio e sua passagem pelo Sistema Solar, observável em tempo real por plataformas da NASA, representa uma rara oportunidade para estudar os primeiros materiais formadores da Via Láctea.