A busca por elementos para incrementar a skincare tem aumentado cada vez mais nas redes sociais. Os ácidos estão entre os produtos com mais dúvidas: afinal, como escolher o melhor?
Primeiro, é necessário entender quais os principais ácidos usados para a skincare e suas funções. Segundo o dermatologista Lucas Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, os principais ácidos e suas respectivas funções são:
- ácido salicílico - ação anti-inflamatória e comedolítica, sendo eficaz no controle da oleosidade e no tratamento da acne;
- ácido glicólico - promove renovação celular e melhora da textura da pele, sendo útil para tratar manchas e sinais do envelhecimento;
- ácido lático - é mais suave, indicado para peles sensíveis ou secas, com função hidratante e renovadora;
- ácido mandélico - ação antimicrobiana e é bem tolerado por peles sensíveis, sendo usado no tratamento de acne e melasma;
- ácido hialurônico - potente hidratante, atraindo e retendo água na pele;
- ácido retinoico - estimula a renovação celular profunda, melhora rugas, acne e hiperpigmentações;
- ácido azelaico - ação anti-inflamatória, despigmentante e antibacteriana, sendo indicado para acne, rosácea e melasma.
Tendo em vista cada função dos ácidos, é preciso escolhê-lo conforme a sua necessidade.
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Como encaixar na skincare?
De acordo com o especialista, a introdução dos ácidos na rotina deve ser feita de forma gradual, preferencialmente com orientação dermatológica.
Eles, geralmente, devem ser aplicados após a limpeza de pele e antes da hidratação, durante a noite. Isso porque neste período a pele entra em um processo natural de regeneração, o que potencializa a ação dos ácidos, segundo o dermatologista.
“Além disso, evita-se a exposição à radiação ultravioleta, que pode causar irritações e reduzir a eficácia do tratamento. Já o ácido hialurônico, por ter função hidratante e não fotossensibilizante, pode ser utilizado tanto pela manhã quanto à noite”, afirmou.
O ideal é começar a aplicar os ácidos em uma frequência reduzida, de duas a três vezes na semana, e observar a resposta da pele. “Em muitos casos, o uso alternado entre diferentes ácidos e ativos complementares é a melhor estratégia para minimizar irritações e otimizar os resultados”, explicou.
Cuidados
Durante o uso dos ácidos, a pele pode ficar mais sensível, por isso, é fundamental evitar exposição solar direta e utilizar
“Também é importante evitar o uso concomitante de outros ativos potencialmente irritantes, como álcool em altas concentrações, vitamina C pura em pH baixo ou esfoliantes físicos agressivos, a não ser que haja orientação médica. A hidratação adequada é essencial para manter a integridade da barreira cutânea e reduzir riscos de irritação”, recomendou o médico.