O carcinoma espinocelular (CEC) é um dos tipos mais comuns de
Segundo dados do Ministério da Saúde, o câncer de pele representa 30% de todos os tipos de tumores malignos registrados no país. A evolução agressiva da doença pode ser evitada com a descoberta precoce. Dados da pasta da Saúde mostram que a taxa de cura é superior a 90%, quando o tumor é descoberto no início.
A tendência é reforçada pelo oncologista da Oncoclínica Flávio Brandão. “O tempo é fundamental, porque quanto mais cedo você tratar a lesão, maiores as chances de cura e melhor o resultado estético final. Se você aguarda muito — para realizar a cirurgia — e a lesão cresce de maneira acentuada, geralmente vai ser um procedimento mais complexo com uma reconstrução difícil e um resultado estético pior, com maior risco de recidiva no futuro.”
Alguns sinais podem ajudar a identificar a manifestação do carcinoma espinocelular, como uma ferida que não cicatriza, ou que cicatriza e reaparece no mesmo local. Este é um dos sinais de alerta mais característicos. Apesar disso, os sintomas deste tipo de câncer de pele são variados. Com isso, qualquer lesão de pele nova ou que apresente alterações deve ser avaliada por um médico.
No entanto, é importante ressaltar que o Carcinoma Espinocelular é mais comum em idosos ou pessoas acima de 50 anos. Isso porque um dos fatores de risco para esse tipo de câncer é a exposição crônica e desprotegida à radiação ultravioleta (UV) do sol ou de fontes artificiais acumulada ao longo da vida.
O que é o carcinoma espinocelular (CEC)?
O carcinoma espinocelular é uma proliferação maligna de queratinócitos, as células que compõem a maior parte da epiderme. Atrás apenas do carcinoma basocelular, o CEC é o segundo tipo mais frequente de câncer de pele.
Em geral, o carcinoma espinocelular se desenvolve em áreas do corpo cronicamente expostas à
Apesar de ter um crescimento relativamente lento, se não for identificado e tratado por um profissional, o CEC pode invadir tecidos mais profundos e, em casos mais raros, espalhar-se para outras partes do corpo (metástase).
Quais os sinais do carcinoma espinocelular?
Além da ferida que não cicatriza, outros sinais podem ajudar a identificar a manifestação do carcinoma espinocelular. A identificação de sinais suspeitos é um passo importante para buscar orientação profissional. Os sinais mais comuns incluem:
- Uma ferida que não cicatriza ou que cicatriza e reaparece no mesmo local. Este é um dos sinais de alerta mais característicos.
- Uma mancha avermelhada persistente, com superfície áspera, descamativa ou com crostas.
- Um nódulo ou caroço firme, avermelhado, que pode ter uma aparência semelhante a uma verruga e crescer progressivamente.
- Uma lesão elevada com uma depressão central que pode sangrar ocasionalmente.
- Uma área na pele que se torna sensível, dolorida ou apresenta coceira sem uma causa aparente.
Segundo o oncologista da Oncoclínica Flávio Brandão, é comum que as feridas do carcinoma espinocelular sejam encontrados na região do rosto, por ser uma área muito exposta ao sol. Outra área de risco são os membros superiores.
“Eu chamo a atenção também para os homens e, eventualmente, alguma mulher que tenha uma área de calvície maior. A região da calvície, geralmente, do couro cabeludo, é uma área que não costuma receber sol por uma boa parte da vida. Mas nas pessoas calvas, elas acabam recebendo uma quantidade de sol maior e é uma pele de alto risco para o aparecimento dessas lesões”, reforça Flávio Brandão.
Causas e prevenção
O desenvolvimento do carcinoma espinocelular pode acontecer, principalmente, em virtude da exposição crônica e desprotegida à radiação ultravioleta (UV) do sol ou de fontes artificiais, como câmaras de bronzeamento. Além disso, pelo menos, outros seis fatores podem ocasionar o CEC, como:
- Fototipos de pele claros: pessoas com pele, cabelos e olhos claros têm maior suscetibilidade.
- Histórico de queimaduras solares: especialmente as ocorridas durante a infância e adolescência.
- Sistema imunológico enfraquecido: pacientes imunossuprimidos, como transplantados, têm um risco aumentado.
- Idade avançada: o risco aumenta com a idade devido ao dano solar acumulado.
- Exposição a agentes químicos: contato com arsênico ou outros carcinógenos.
- Condições de pele preexistentes: presença de cicatrizes, queimaduras antigas ou feridas crônicas.
A fotoproteção é a principal medida de prevenção, isto é, o uso regular de protetor solar de amplo espectro, a utilização de roupas, chapéus e óculos de sol, e evitar a exposição solar nos horários de maior incidência de raios UV (geralmente entre 10h e 16h).
O diagnóstico do câncer é realizado exclusivamente por um médico, que fará um exame clínico detalhado da pele e, caso haja suspeita, poderá realizar uma biópsia.
O procedimento é caracterizado pela remoção de uma pequena amostra da lesão, que é removida e enviada para análise laboratorial, que pode confirmar a presença de células cancerígenas.
*Sob supervisão de Edu Oliveira