Neste mês acontece a campanha Março Azul, voltada para a conscientização a respeito do câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, que atinge o ânus e o intestino.
Mauro Jacome, médico gastroenterologista e membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia, explica que ele é um câncer silencioso, mas que pode ser combatido com eficiência se for diagnosticado precocemente. Veja a entrevista completa à Itatiaia no vídeo acima.
Como detectar a doença?
Para detectar a doença, no caso pacientes com menos de 45 anos, é recomendado o exame de fezes, que pode detectar a presença de sangue oculto. Caso o exame encontre sangue digerido nas fezes, recomenda-se a colonoscopia.
Já para os pacientes acima dos 45 anos, recomenda-se partir direto para a colonoscopia. O procedimento, realizado sob sedação, dura entre 5 e 15 minutos e não requer internação.
Pólipos
Durante o exame, o médico pode identificar e remover pólipos - pequenas elevações na mucosa intestinal que, embora geralmente benignas, podem eventualmente se transformar em câncer se não forem removidas. “Nós enviamos (o pólipo coletado no exame) a um laboratório, que vai detectar se realmente ele é benigno. A grande maioria das lesões são benignas, mas elas um dia poderiam se tornar um câncer não forem removidas”, detalha o especialista.
O que causa o câncer de intestino?
O cêncer colorretal, como descreve o Dr. Mauro Jacome, é multifatorial, ou seja, pode ser ocasionado por fatores diversos. “Existem fatores hereditários, ou seja, genéticos, que estão ali ligados à família. Existe também muita coisa relacionada aos hábitos e dieta. Por exemplo, o tabagismo, ele aumenta o risco de câncer de intestino. Também alguns tipos de alimentos, por exemplo, alimentos defumados, processados, com conservantes também. Se a pessoa tiver uma dieta muito rica nisso, também aumenta o risco”, explica.
Casos no Brasil
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, a cada ano, surgem cerca de 40 mil novos casos dessa doença no país. Os dados apontam que esse tipo de câncer tem maior prevalência entre homens.
Nos últimos anos famosos têm revelado estar em tratamento contra a doença. É o caso de Preta Gil, Simony e Emílio Surita, o que contribui para que mais pessoas tenham conhecimentos básicos sobre ela.
*Sob supervisão de Marina Borges e Enzo Menezes.
