Nos últimos dez anos, mais de 22,2 mil internações foram registradas devido ao câncer de pênis, com uma média anual de 585 amputações do órgão no Brasil. Entre 2014 e 2023, a doença levou mais de 4.500 pessoas a óbito, conforme informações do Ministério da Saúde, divulgadas pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em reportagem publicada pelo UOL neste sábado (1º).
A principal causa da doença está associada à fimose, condição em que o excesso de pele na região impede a correta higienização e pode ocultar lesões iniciais. Para preveni-la, médicos recomendam a adoção de hábitos de higiene adequados, a realização da postectomia (remoção do prepúcio) e a vacinação contra o HPV.
“Apesar de ser um dos poucos tipos de câncer que podem ser prevenidos, o Brasil ainda apresenta preocupantes índices relativos ao câncer de pênis, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Nosso maior objetivo com essa campanha é informar os homens de que é possível prevenir e, caso ele surja, que seja diagnosticado e tratado de forma precoce, evitando a amputação do órgão”, disse Luiz Otávio Torres, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) ao caderno Viva Bem, do UOL.
De 2015 a 2024, o Brasil registrou 5.851 amputações do pênis devido ao avanço da doença.
Os principais sintomas incluem feridas persistentes, sangramento, secreção com odor forte, alteração na coloração da pele da glande e nódulos na virilha. O risco é maior entre homens acima dos 50 anos, mas também pode afetar indivíduos mais jovens. Fatores como baixa condição socioeconômica, higiene deficiente, tabagismo e infecção pelo HPV elevam a probabilidade de desenvolver a doença.
A prevenção passa pela limpeza adequada do órgão, especialmente após relações sexuais e masturbação. Em casos de fimose severa, a cirurgia é recomendada. O uso de preservativos é essencial para evitar infecções sexualmente transmissíveis.