Os moradores da região Norte do Brasil precisam esperar, pelo menos, seis meses fora do estado de origem para que possam doar sangue, de acordo com a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron). Quem esteve na região no período de menos de 12 meses também não pode doar.
Ainda segundo a Fhemeron, a restrição acontece por causa da falta do exame de malária nos estados de outras regiões. A restrição é temporária e inclui os estados em que a doença é endêmica, que são:
- Acre;
- Amapá;
- Amazonas;
- Rondônia;
- Roraima;
- Maranhão;
- Mato Grosso;
- Pará;
- Tocantins.
A medida faz parte de um protocolo e é uma das restrições temporárias estabelecidas pela Portaria 158 do Ministério da Saúde, de 2016. A inaptidão para doar sangue é identificada na hora da triagem clínica, em que o paciente deve indicar se esteve na região norte em menos de 12 meses.
Para a Fhemeron o que justifica a necessidade da medida é que nos estados em que a malária não é endêmica, os protocolos de triagem e testes sanguíneos podem não incluir o exame para a doença.
Além disso, o teste não é 100% eficaz porque, por ser uma doença parasitária hematológica, podem haver períodos em que a carga do parasita no sangue fica baixa, o que atrapalha o diagnóstico em até 18 meses depois da exposição à doença. Também é possível que a doença não seja completamente destruída pelos medicamentos.
*Sob supervisão de Felippe Drummond