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Pacientes com câncer incurável de Susana Vieira podem viver anos com a doença inativa

Doença possui estágios inicial, intermediário e avançado

Susana Vieira possui doença desde 2015

Pacientes com Leucemia Linfocítica Crônica (LLC), um tipo de câncer incurável, podem viver por muitos anos ou até o restante da vida com a doença inativa. A atriz Susana Vieira, de 81 anos, falou sobre seu diagnóstico no último domingo (19), em entrevista ao “Fantástico”, onde relatou que a doença está estabilizada.

“Após diagnosticar essa LLC a gente vai classificá-la em três grupos de estadiamento: A (inicial), B (intermediário) e C (avançado). A inicial a gente não precisa tratar, a pessoa fica em observação por anos, sem a doença evoluir. Nessa fase que é a C, que é mais avançada, o tratamento depende de alguns fatores de risco”, afirma Alex Freire Sandes, hematologista do Grupo Fleury, em São Paulo.

“Quando o paciente tem esse diagnóstico ele vai ser acompanhado por um médico hematologista, geralmente, que é o especialista. A partir disso, são feitos acompanhamentos semestrais ou anuais com exames clínicos e muitos pacientes passam a vida toda sem ter que tratar. Um, 10, 20 anos, acaba falecendo de causas naturais”, acrescenta.

Conforme ele, durante o diagnóstico já é possível identificar “quem é quem”, porém é necessário aguardar o acompanhamento para saber se a doença vai evoluir com o passar do tempo. O detentor do Hermes Pardini destaca que a doença é descoberta em exames de rotina, por meio de um hemograma.

“Não é uma doença rara, não é frequente como hipertensão, diabetes, mas é a forma mais comum de leucemia nos países ocidentais”, destaca.

O hematologista pontua. “Não tem um tratamento curativo, mas a gente consegue fazer um tratamento indicado e controlar a doença de uma forma que a pessoa tenha uma vida normal. É uma doença super controlável e quando a gente fala incurável parece uma sentença de morte para algumas pessoas, mas não é".

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O que é Leucemia Linfocítica Crônica (LLC)?

Eduardo Paton, médico hematologista e coordenador da Equipe de transplante e terapia celular do Câncer Center Oncoclinicas, em Belo Horizonte, esclarece que a doença “afeta os linfócitos maduros, que são células do sistema imunológico produzidas pela medula óssea”.

Conforme Paton, a doença não costuma ter muitos sintomas e atine geralmente pacientes mais idosos. A LLC só chega a ser tratada quando ela “começa a apresentar falha na medula óssea na produção de glóbulos vermelhos e plaquetas, ou quando o paciente começa a apresentar alguns tumores maiores na região do tórax, do abdômen, principalmente, na região do pescoço”.


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Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.