A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
“O vírus tem ocorrência em todo o mundo e ele atinge pessoas de todas as idades. Ele pode causar desde um resfriado simples como a coriza, dor de cabeça e indisposição, até quadros mais graves de bronquiolite ou de pneumonia. Esses quadros mais graves podem se manifestar em crianças de até um ano, que é o grupo mais grave. Causando chiado progressivo, falta de ar e queda de saturação de oxigênio, esses bebês podem ter que ser hospitalizados e uma porcentagem menor, pode até morrer pela gravidade do quadro da bronquiolite induzida pelo vírus respiratório sincicial”, alerta.
Segundo a especialista, a vacina contra o vírus respiratório sincicial foi testada em gestantes com entre 32 e 34 semanas de gestação, com o objetivo de proteger os bebês com até seis meses de idade, que podem ter impacto mais grave de doenças causadas pelo vírus. A vacina proporcionou proteção dos quadros graves pelo vírus sincicial em torno de 90% em bebês com até três meses de vida e, do terceiro ao sexto mês de idade, uma proteção contra formas graves das doenças respiratórias de 75%. “Um estudo desse ano avaliou também o impacto da vacina quando aplicada com tempo de gestação menor, entre 24 e 32 semanas, no entanto, eles observaram um aumento da chance de prematuridade, por isso que a idade gestacional indicada para a realização da a vacina continua sendo a partir de 32 a 34 semanas”, explica.
Para concluir, Raquel Pitchon destaca que a vacina contra o vírus respiratório sincicial é uma boa ferramenta para evitar as formas mais graves de doenças respiratórias em bebês, especialmente até seis meses de vida.