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Ozempic: como o medicamento para emagrecer deve ser utilizado?

Especialista comenta se o medicamento é seguro e recomendações

Caneta de Ozempic

Fazer de tudo para emagrecer pode ser perigoso, principalmente se não houver o acompanhamento médico adequado. Mas não é novidade que muitas pessoas acabam se arriscando e optam pela automedicação para perder aqueles quilos a mais indesejados. Um dos medicamentos da moda é o Ozempic, usado normalmente no tratamento do diabetes e que passou a ser usado para o emagrecimento.

A Coordenadora do Serviço de Endocrinologia do Hospital Felício Rocho, Bruna Galvão, explica que o uso do medicamento para emagrecer é seguro desde que tenha acompanhamento médico. “Ozempic é o nome comercial de um medicamento chamado semaglutida. A semaglutida é um análogo de GLP1 que é um hormônio que a gente tem. Quando o alimento chega no intestino, há um aumento desse GLP1, e ele potencializa a nossa capacidade de produzir a insulina. A princípio, era, para o diabetes, mas viram que além de controlar a glicose, os pacientes que usavam esse medicamento emagreciam”, conta.

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De acordo com a médica, o mesmo medicamento foi estudado para pacientes que não têm diabetes para ver se ele também seria eficaz na perda de peso. Em pessoas sem diabetes, o medicamento foi eficaz e seguro, mas nem por isso pode ser usado sem acompanhamento médico. “Até porque a gente tem que parar com essa ideia de que eu quero perder peso, vou ali na farmácia, tomo um remédio e está tudo resolvido. Não é bem assim”, alerta.

Segundo a endocrinologista, o tratamento para emagrecer precisa ser multiprofissional e cuidadoso, especialmente, com medicamentos que prometem ser milagrosos. A recomendação é que a pessoa que deseja emagrecer procure orientação médica.

“O tratamento farmacológico pode fazer parte do tratamento. Existem outros medicamentos no mercado. Cada caso deve ser avaliado, cada paciente deve ter um perfil para cada tipo de medicamento. Importante destacar que, a obesidade é uma doença crônica que precisa de tratamento prolongado. Não existem milagres. Por isso, é importante buscar tratamentos científicos e éticos”, explica Bruna Galvão, coordenadora do Serviço de Endocrinologia do Hospital Felício Rocho.

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Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.