Os primeiros meses de 2024 estão marcados pela alta procura dos serviços de saúde por pessoas apresentando os mesmos sintomas: febre, mal-estar e dor no corpo. Na maioria das vezes o diagnóstico é de dengue ou covid-19. Atualmente, no Brasil já foram registrados mais de 1 milhão de casos de dengue. Os de COVID já passam dos 70 mil.
De acordo com o médico infectologista e epidemiologista, Carlos Starling, tanto a dengue, quanto a covid-19, causam febre, mal-estar e dor no corpo, mas a covid-19 dá mais sintomas respiratórios, como coriza, tosse, às vezes tosse seca. Sintomas conhecidos de gripe. Já a dengue, a pessoa têm menos sintomas respiratórios ou não tem, mas também têm mal-estar, febre, dor de cabeça. Nesse ponto, elas são muito parecidas. O que as distingue é exatamente a presença ou não de sintomas respiratórios.
O médico reforça que em caso de dúvidas se está com a covid, o ideal é fazer um teste. “Tem autoteste disponível nas farmácias. Essa é uma primeira triagem que a pessoa pode fazer, já na sequência, se a febre estiver alta, se o mal-estar for intenso, dor no corpo, se tiver algum sinal de sangramento e vómito que não passa, vá a um centro de saúde, pronto atendimento ou faça uma consulta online. Isso já ajuda a direcionar para onde você deve ir”, detalha.
Segundo Starling, o diagnóstico correto é importante, principalmente para evitar a automedicação. No caso da dengue, por exemplo, os anti-inflamatórios não devem ser usados para combater os sintomas, porque podem aumentar o risco de hemorragias. Para o especialista, é necessário que o trabalho de prevenção seja mais efetivo. Segundo ele, o número de casos de dengue deve seguir aumentando até o final de abril.
Já os registros de covid-19 devem continuar durante todo o ano, mas a vacina é uma grande aliada para deter os casos graves. “A imunização para covid é fundamental. Ela mudou a história da epidemia. De 2021 para cá nós estamos vivendo um momento mais confortável em relação a covid-19 por causa da vacina. Vacinar contra a covid é importantíssimo para evitar formas graves da doença”, alerta Carlos Starling, infectologista e epidemiologista.
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