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Projeto ‘Anti-Oruam’ avança na Câmara de BH e já pode ser votado nesta semana

Proposta proíbe a prefeitura de Belo Horizonte de financiar eventos que tenham artistas ou músicas que supostamente façam apologia ao crime

“Projeto Anti-Oruam“ pode ser votado na Câmara de BH

O projeto de lei que proíbe a prefeitura de Belo Horizonte de financiar eventos que tenham artistas ou músicas que supostamente façam apologia ao crime, conhecido como ‘Anti-Oruam’, avançou na Câmara Municipal e já pode ser votado em plenário a partir de 1º de agosto.

A proposta, de autoria do vereador Vile (PL), já foi aprovada em todas as comissões temáticas do legislativo.

O projeto ficou conhecido como “Anti-Oruam” em referência ao cantor Mauro Davi dos Santos, conhecido como Oruam, que é filho de Marcinho VP, líder do Comando Vermelho em São Paulo.

Projetos que visam proibir músicas com apologia ao crime brotaram em câmaras municipais de diversas capitais brasileiras, sempre usando como exemplo músicas do rapper Oruam, que é apontado por parlamentares como pioneiro em compor letras que “normalizam o mundo do crime”.

Prisão e resistência

O rapper Oruam foi preso na última terça-feira (22), após a justiça expedir mandado de prisão o indicando pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.

A proposta promete debates acalorados nas reuniões que devem votar o projeto em definitivo. Vereadores das bancadas mais progressistas já se manifestaram contra a ideia do parlamentar, afirmando que o texto é uma tentativa de criminalização do funk.

Artistas mineiros, como o rapper Djonga, já se manifestaram contra a proposta. Djonga chegou a ir à Câmara Municipal em maio para participar de audiência pública que reuniu agentes culturais para debater o PL.

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.