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Moraes desconta pena de homem que quebrou relógio histórico no 8/1

Defesa de Antônio Cláudio Alves Ferreira argumentou que ele trabalhou na prisão e leu livros

Homem foi filmado depredando um relógio do século 17 que estava no Palácio do Planalto

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), descontou 66 dias na pena de Antônio Cláudio Alves Ferreira, que quebrou o relógio de D. João VI durante a invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023.

A decisão atende a um pedido da defesa do mecânico, sendo reduzidos 62 dias em função de seu trabalho na prisão e os outros 4 dias pela leitura da obra “O Mulato”, de Aluísio Azevedo. Os advogados apresentaram ainda as resenhas e os formulários de validação da leitura de outros três livros, mas o ministro desconsiderou essas obras pela ausência das certidões que comprovassem o ato.

O mesmo aconteceu em relação à aprovação de Ferreira no Exame Nacional para Certificação de Jovens e Adultos (Enceja), já que não foram apresentados documentos para atestar a carga horária e frequência escolares que permitam a redução da pena.

Moraes determinou ainda que os 2 anos e 5 meses em que o mecânico esteve sob prisão preventiva antes de sua condenação sejam abatidos do total da pena.

Em junho de 2024, Antônio Ferreira foi condenado pelo STF a 17 anos de prisão e multa por sua participação no 8 de janeiro.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.