O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu que houve “problemas” na indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou que vai enviar os documentos do processo para o Senado
Em café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira (18), o petista também ressaltou que não tem problemas pessoais com o presidente da Casa Alta, senador Davi Alcolumbre (União-AP). Lula ainda ressaltou a preferência dos parlamentares pela indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“O Alcolumbre queria indicar o Pacheco, e houve essa confusão. Vou encaminhar a papelada do Messias, teremos que esperar a volta do Congresso. Vou fazer com que, quando voltar do recesso, o nome do Messias esteja lá. Gosto pessoalmente do Alcolumbre, não há nada pessoal, ele tem nos ajudado a aprovar coisas e não há nenhuma crise entre mim, ele ou hugo Motta”, disse o presidente, negando uma crise com o Congresso.
Segundo apuração da colunista Edilene Lopes, da Itatiaia, a sabatina de Messias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve ocorrer em março. O tempo entre o retorno do recesso e o início do processo formal no Parlamento será necessário para que o AGU articule sua aprovação.
Parte do Senado também aposta que Alcolumbre vai trabalhar para “aparar as arestas” com Lula, e não vai agir para barrar a indicação de Messias. Inicialmente, o presidente do Senado havia marcado a sabatina do AGU para o dia 10 de dezembro, mas sem os documentos oficiais da indicação, o processo precisou ser remarcado.
Alcolumbre chegou a dizer que parte do Executivo federal tenta criar a “falsa impressão” de que as divergências com o Senado são