Lula vai enviar indicação de Messias ao STF após o recesso parlamentar

Presidente admitiu que houve “confusão” na indicação do advogado-geral da União ao STF, mas negou crise com Alcolumbre

Lula indicou Messias ao STF, mesmo com o Senado preferindo Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu que houve “problemas” na indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou que vai enviar os documentos do processo para o Senado após o recesso parlamentar, em fevereiro.

Em café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira (18), o petista também ressaltou que não tem problemas pessoais com o presidente da Casa Alta, senador Davi Alcolumbre (União-AP). Lula ainda ressaltou a preferência dos parlamentares pela indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“O Alcolumbre queria indicar o Pacheco, e houve essa confusão. Vou encaminhar a papelada do Messias, teremos que esperar a volta do Congresso. Vou fazer com que, quando voltar do recesso, o nome do Messias esteja lá. Gosto pessoalmente do Alcolumbre, não há nada pessoal, ele tem nos ajudado a aprovar coisas e não há nenhuma crise entre mim, ele ou hugo Motta”, disse o presidente, negando uma crise com o Congresso.

Segundo apuração da colunista Edilene Lopes, da Itatiaia, a sabatina de Messias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve ocorrer em março. O tempo entre o retorno do recesso e o início do processo formal no Parlamento será necessário para que o AGU articule sua aprovação.

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Parte do Senado também aposta que Alcolumbre vai trabalhar para “aparar as arestas” com Lula, e não vai agir para barrar a indicação de Messias. Inicialmente, o presidente do Senado havia marcado a sabatina do AGU para o dia 10 de dezembro, mas sem os documentos oficiais da indicação, o processo precisou ser remarcado.

Alcolumbre chegou a dizer que parte do Executivo federal tenta criar a “falsa impressão” de que as divergências com o Senado são resolvidas por ajuste de interesse “fisiológico”, com cargos e emendas parlamentares. “Isso é ofensivo não apenas ao Presidente do Congresso Nacional, mas a todo o Poder Legislativo”, afirmou.

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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