O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (29) acreditar que haja abertura das autoridades dos Estados Unidos nesta semana para conversar com o governo brasileiro sobre
“O Brasil nunca abandonou a mesa de negociação. Eu acredito que essa semana haja algum sinal de interesse em conversar. E há uma maior sensibilidade de algumas autoridades dos Estados Unidos de que talvez tenham se passado um pouquinho e tenham querido conversar”, avaliou o chefe da equipe econômica em entrevista a jornalistas.
Segundo Haddad, empresários têm relatado ao governo que estão encontrando abertura para debater o tema em Washington, apesar do tempo curto. O ministro ponderou que o limite anunciado pela administração de Donald Trump pode inclusive ser alterado caso as negociações avancem.
“Mas o que importa não é essa data fatídica, não é uma data fatídica. É uma data que pode ser alterada por eles, pode entrar em vigor e nós nos sentarmos e rapidamente concluímos uma negociação. Mas está ficando mais claro agora os pontos de vista do Brasil em relação a alguns temas que não eram de fácil compreensão por parte deles”, declarou.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o governo avalia pedir aos Estados Unidos a exclusão de alguns itens da lista de produtos que serão sobretaxados, como os alimentos e de aviões fabricados pela Embraer.
Plano de contingenciamento
Na segunda-feira (29), Haddad se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para apresentar o
Ele afirmou que foram mostrados a Lula vários cenários do que pode acontecer e as possíveis respostas e destacou que a decisão cabe ao chefe do Executivo. Como resposta, Haddad afirmou ter ouvido do presidente que acredita na boa relação histórica entre os dois países para resolver o impasse.
“O presidente manifestou muita tranquilidade em relação ao plano de contingência. São vários cenários que foram apresentados. E ele falou: ‘Olha, eu não vou me fixar em data porque eu tenho uma relação histórica com os Estados Unidos. Eu me dei bem com todos os presidentes americanos com quem eu dialoguei. Então, não tem razão para ser diferente agora’”, disse.