O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo ainda não entende o que os Estados Unidos querem ao citar o Pix na investigação comercial aberta contra o Brasil. A declaração foi feita em entrevista à CNN Brasil.
O chefe da equipe econômica bateu na tecla de que não está na lista de considerações do governo privatizar o Pix, ao ponderar que a ferramenta “não está concorrendo com quem quer que seja, ele é a forma que o Brasil encontrou de criar uma moeda digital”.
“Existem alguns itens que estão sendo discutidos e alguns que estamos tentando compreender [...]. A questão do Pix: há um incomodo por ser um instrumento do Estado brasileiro, como se houve a presunção de que o Pix deveria ser privado, render lucro para alguém”, pontuou Haddad.
Ao anunciar uma tarifa de 50% contra os importados brasileiros, o presidente norte-americano Donald Trump orientou o escritório do USTR (Representante Comercial dos Estados Unidos) a abrir uma investigação comercial contra o Brasil por práticas que estariam, supostamente, afetando a competitividade de produtos e empresas dos EUA no mercado nacional.
“Tem questões que não estão claras para nós. A conversa esbarra numa percepção de que o Pix concorre, e ele não concorre. Ele concorre com o papel moeda, pois ele é eletrônico. É um expediente que não pretendemos abrir mão”, enfatizou Haddad.
“Queremos proteger as conquistas dos trabalhadores brasileiros, e vamos continuar fazendo isso independente da medida que vai ser tomada.”