O governo Zema (Novo) pretende ampliar a equipe de examinadores de trânsito em Minas Gerais com professores da rede pública estadual. A formação começará no próximo mês e visa habilitar 234 docentes para atuarem na aplicação de exames de direção em todo o estado.
A medida é possível após um decreto do próprio governador que
Em maio,
A atuação dos professores será complementar à dos examinadores já existentes, sem substituí-los. A remuneração será variável, conforme o número de exames realizados, e a escala será montada de forma a não interferir no expediente regular das escolas.
A medida foi publicada pelo Jornal Folha de S. Paulo e confirmada pela Itatiaia. A exigência para os participantes inclui CNH válida, no mínimo dois anos de habilitação compatível com a categoria a ser examinada, histórico sem infrações gravíssimas no último ano e ausência de vínculo com autoescolas.
O que diz a CET-MG?
Em nota, a Coordenadoria Estadual de Gestão de Trânsito de Minas Gerais confirmou que a primeira turma está prevista para iniciar o curso em agosto e deve concluir as atividades até dezembro.
Além disso, a pasta afirmou que os professores só poderão atual após a conclusão do curso e que serão remunerados de acordo com a quantidade de exames realizados.
Confira a nota completa:
“A Coordenadoria Estadual de Gestão de Trânsito de Minas Gerais (CET-MG) informa que o edital para o Programa de Formação e Desenvolvimento de Examinadores de Trânsito (PFDE)
Ressaltamos que os 234 professores da rede estadual de ensino, aprovados em processo seletivo, somente poderão atuar como examinadores após a conclusão bem-sucedida da formação, ou seja, não haverá substituição dos examinadores atuais, mas sim a inclusão de um novo grupo de profissionais habilitados para atuar em conjunto com os já existentes, respeitando-se o processo de aprendizagem e adaptação.
Importante destacar que a atuação dos docentes dependerá, ainda, da publicação de portaria oficial que os nomeará para a atividade.
A remuneração dos professores será proporcional à quantidade de exames realizados. As escalas serão organizadas de forma a não interferir no turno de trabalho na rede estadual de ensino”.
Autoescola pode deixar de ser obrigatória
A formação de novos examinadores em Minas ocorre no momento em que o governo federal discute, através do Ministério dos Transportes,
A proposta, segundo o ministro Renan Filho (MDB-AL), busca reduzir os custos do processo, permitindo que o candidato escolha como e com quem aprender a dirigir — inclusive com instrutores particulares e usando veículos próprios em locais privados. O uso de vias públicas sem acompanhamento profissional, no entanto, continuaria proibido.
A proposta deve ser apresentada em breve e pode ser implementada por ato do Executivo, sem necessidade de aprovação do Congresso.
Para o governo federal, a medida tem impacto social: em várias cidades, até 40% da população dirige sem habilitação. Segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), mais da metade dos donos de motocicletas no país não possui CNH — reflexo, em grande parte, do custo médio de R$ 2.500 para conseguir o documento.