Glauber diz que foi alvo de uma ‘ofensiva golpista’ ao ser retirado da Câmara

Deputado do PSOL ocupava a mesa diretora da Câmara em protesto contra a votação do seu processo de cassação

Deputado foi retirado à força da Câmara dos Deputados

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), retirado à força da mesa diretora do plenário da Câmara na tarde desta terça-feira (9), disse que foi alvo de uma “ofensiva golpista”. O parlamentar comparou a situação com a ocupação bolsonarista do plenário, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protestavam pela então prisão domiciliar.

Em coletiva após deixar o plenário, Braga afirmou que pediu ao presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), para que tivesse o mesmo tratamento dos parlamentares bolsonaristas. “Ali houve negociação, sobrou diálogo, em nenhum momento foi cogitado a retirada à força”, disse.

Braga é alvo de um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar, acusado de agredir um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). A votação do seu processo em plenário foi marcada para esta quarta-feira (10), junto com o processo que pode cassar o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

“O que está acontecendo agora é uma ofensiva golpista. A votação da minha cassação, neste mesmo pacote em que querem votar uma anistia, não é dosimetria, para que Jair Bolsonaro só tenha dois anos de pena. Combinado com isso, querem manter os direitos políticos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP)”, emendou o deputado.

Braga também afirmou que não era necessário uma ação violenta e forçada para sua retirada da mesa diretora da Câmara. O deputado também criticou a postura adotada por Hugo Motta.

“O senhor que sempre quis demonstrar ser o ponto de equilíbrio entre forças diferentes, isso é uma mentira. Com os golpistas que sequestraram a mesa, sobrou docilidade; com quem não entra no jogo deles, é porrada”, disse.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.
Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.

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