“Esse modelo de escola já existe em muitos estados, muito antes do governo federal criar. Eu mesmo participei lá no Amazonas, quando foram criadas essas escolas. Então, sim, desde que discutido com a comunidade”, disse Rossieli.
O novo secretário criticou o processo de consulta realizado durante as férias escolares, classificando-o como inadequado. “A gente precisa ter um processo muito mais cuidadoso, muito mais participativo”, disse.
Rossieli afirmou que respeitará as escolas que já aderiram ao modelo cívico-militar e também as que optarem por não adotar o formato. “Tem escola que não quer, não tem problema, vamos respeitar também”, completou.
Novidades em 15 dias
Rossieli adiantou que o governo pretende trazer novidades sobre modelos de escola nos próximos 15 dias, incluindo propostas para escolas de tempo integral e outros programas que ainda não foram divulgados. Segundo ele, a ideia é ouvir a comunidade escolar antes de qualquer implementação.
Durante a posse, o secretário também destacou a importância da continuidade das políticas educacionais de longo prazo e reforçou o compromisso de Minas Gerais em manter-se como referência nacional em educação.
“Nós temos um desafio grande de fechamento desse ano. Temos uma série de planejamentos já para 2026 e, obviamente, a educação se faz também em médio e longo prazo. Então, a discussão é, sim, também de construção de um plano que vai deixar as condições de Minas Gerais estar sempre, sempre muito bem posicionadas na educação brasileira como uma referência pelos próximos 10 anos”, afirmou.
Polêmica
O modelo cívico militar é alvo de debate na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Lá, parlamentares da oposição ao governador Romeu Zema (Novo) apontam inconstitucionalidade na gestão compartilhada entre a Secretaria de Educação e o Corpo de Bombeiros Militar.
No último dia 14, a Comissão de Educação da ALMG
Mesmo após a revogação do programa federal pelo governo Lula, o estado de Minas optou por manter o modelo por meio de uma proposta própria.
Como funciona o modelo cívico-militar?
Diferente das escolas militares, geridas pelas Forças Armadas, as escolas cívico-militares têm gestão compartilhada entre secretarias de Educação e forças de segurança, como a Polícia Militar. O currículo segue o padrão das escolas civis, mas há reforço nas normas de disciplina e participação de militares da reserva na organização e rotina escolar.
A proposta em tramitação em Belo Horizonte permite que escolas particulares optem por essa estrutura de forma facultativa. O ingresso de estudantes em escolas já adotantes do modelo depende da disponibilidade de vagas ou de uma eventual mudança na proposta pedagógica da instituição.