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Dólar recua e tarifaço americano ao Brasil ainda cria clima de tensão

Atenção do mercado doméstico se volta para a imposição de novas tarifas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros

Dólar recua nesta quarta-feira (6)

O dólar opera em queda frente ao real na manhã desta quarta-feira (6). O mercado de câmbio se ajusta a um cenário de baixa do dólar no exterior, impulsionado pela valorização do petróleo.

A atenção do mercado doméstico se volta para a imposição de novas tarifas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. O governo americano divulgou o “tarifaço” por meio de carta em rede social. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a medida, afirmando que o presidente dos EUA, Donald Trump, não tinha direito de anunciar tais taxações sem diálogo prévio.

Lula declarou que não ligará para Trump para negociar as tarifas, pois acredita que o líder americano não tem interesse. No entanto, o presidente brasileiro mencionou a intenção de ligar para Trump para convidá-lo para a COP, a reunião global sobre mudanças climáticas, que ocorrerá em Belém.

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Impactos e contingência

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o plano de contingência contra a tarifa de 50% imposta pelos EUA está pronto. O anúncio será feito por Lula, e as propostas devem ser encaminhadas ao Congresso via Medida Provisória.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, alertou para possíveis impactos fiscais do plano de contingência e mencionou uma possível “surpresa” dos EUA em relação a produtos como carne e café.

No cenário internacional, há expectativa de início do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve (BC americano) em setembro. Três dirigentes do Federal Reserve devem falar à tarde: Lisa Cook (diretora) e Susan Collins (Boston), às 15 horas; e Mary Daly (São Francisco) às 17h10.

A presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, reúne-se nesta quarta-feira com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. O encontro ocorre um dia antes da entrada em vigor de tarifas de 39% anunciadas por Trump contra produtos suíços. A montadora japonesa Honda informou que o impacto das tarifas do governo Trump foi de 125 bilhões de ienes, o equivalente a cerca de US$ 850 milhões.

Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa jornalismo no UniBH e é estagiária do Digital na Itatiaia. É apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema e mãe do Joaquim