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Eduardo Bolsonaro escapa de cassação, mas ainda é alvo de três processos

Deputado continua sob investigação por faltas, novas representações e denúncia da PGR no STF

Eduardo Bolsonaro

O Conselho de Ética da Câmara arquivou nesta terça-feira (21) uma das ações que pediam a cassação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A decisão, por 11 votos a 7, rejeitou a representação apresentada pela bancada do PT.

Apesar do resultado favorável, o parlamentar ainda responde a outros três processos que mantêm seu mandato sob risco.

A primeira ameaça vem das faltas acumuladas em 2025. Mesmo com o processo arquivado, a análise feita se refere apenas à sessão legislativa deste ano, e não a todo o período.

Caso o parlamentar tenha ultrapassado o limite de ausências permitidas, a Constituição prevê que a perda do mandato pode ser declarada pela Mesa Diretora da Câmara, mediante provocação de outros deputados ou partidos. Esse julgamento, porém, só deve ocorrer em 2026.

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Além disso, Eduardo ainda é alvo de outras três representações no Conselho de Ética e essas ações continuam ativas, podendo ser retomadas nos próximos meses. O arquivamento desta quarta atinge exclusivamente a denúncia do PT.

A terceira frente de risco é judicial. No dia 22 de setembro, a Procuradoria-Geral da República denunciou Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Renato Figueiredo por coação, acusando-os de tentar interferir em decisões da Justiça brasileira a partir dos Estados Unidos, em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Caso o Supremo Tribunal Federal aceite a denúncia e haja condenação, a Constituição prevê a perda automática do mandato parlamentar.

Aline Pessanha é jornalista, com Pós-graduação em Marketing e Comunicação Integrada pela FACHA - RJ. Possui passagem pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, como repórter de TV e de rádio, além de ter sido repórter na Inter TV, afiliada da Rede Globo.