A desaprovação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu dois pontos percentuais e está em 51%, mostra pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (20). Já a aprovação subiu três pontos, chegando a 46%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Com a variação, essa se tornou a menor diferença entre os dois indicadores desde janeiro, quando havia empate técnico - 49% desaprovavam e 47% aprovavam a gestão. O pico de distância ocorreu em maio, quando a desaprovação chegou a 57%, contra 40% de aprovação, uma diferença de 17 pontos.
Na comparação com o levantamento anterior, de julho, os números mantêm a tendência de melhora gradual da avaliação positiva do governo. Naquele mês, 53% desaprovavam Lula e 43% aprovavam.
O avanço do presidente foi mais expressivo no Nordeste, onde a aprovação subiu de 53% para 60%, enquanto a desaprovação caiu de 44% para 37%. No Sudeste, região mais populosa do país, a desaprovação recuou levemente, de 56% para 55%, e a aprovação subiu de 40% para 42%. Em São Paulo, estado decisivo eleitoralmente, a avaliação positiva passou de 29% para 34%, enquanto a negativa caiu de 69% para 65%.
Aprovação em nichos
Entre os mais pobres, com renda de até dois salários mínimos, a aprovação cresceu nove pontos e chegou a 55%. Beneficiários do Bolsa Família também puxaram a melhora: 60% avaliam o governo positivamente, contra 37% que desaprovam.
No recorte por escolaridade, a gestão petista tem melhor desempenho entre pessoas com até o ensino fundamental, com 56% de aprovação. Já entre quem possui ensino superior, 56% desaprovam Lula e 42% aprovam.
A Quaest também identificou recuperação em faixas etárias específicas. Entre idosos, a aprovação subiu de 48% para 55%, superando a desaprovação (42%). Entre jovens de 16 a 34 anos, a avaliação positiva cresceu cinco pontos, para 43%, enquanto a negativa recuou para 54%.
O governo segue sendo mais bem avaliado por mulheres, católicos, nordestinos e famílias de baixa renda. Já homens, evangélicos e moradores do Sul continuam entre os segmentos mais críticos.
Sobre a pesquisa
A pesquisa da Quaest ouviu 2.004 pessoas em todo o Brasil entre os dias 13 e 17 de agosto. Nos estados, foram realizadas entrevistas adicionais: 1.644 em São Paulo, 1.482 em Minas Gerais, 1.404 no Rio de Janeiro, 1.200 na Bahia e 1.104 em cada um dos estados de Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco. A margem de erro da amostra nacional é de 2 pontos percentuais. O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos.