Deputado Antônio Doido comandava grupo suspeito de desviar e lavar verba pública, diz PF

Investigação da Polícia Federal apontou que parlamentar fazia parte de grupo que lavava dinheiro por meio de contratos públicos

Antônio Doido foi alvo de operação da PF nesta terça (16)

A Polícia Federal (PF) considera que o deputado federal Antônio Doido (MDB-PA) comandava uma organização criminosa para operacionalizar o desvio de verbas públicas. A informação está na decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que embasou operação da PF.

“A partir dos dados identificados, e consoante já exposto de forma tangencial acima, o grupo investigado, sob o comando do Deputado Federal Antonio Doido, utiliza diversas empresas para operacionalizar as movimentações financeiras objeto da investigação”, diz a decisão.

Ainda de acordo com o documento, “a análise identificou indícios da prática de outros crimes, por meio de complexo esquema de lavagem de dinheiro que teria como ponto de partida recursos oriundos de contratos públicos, os quais seriam aparentemente destinados, ao menos em parte, para fins eleitorais escusos, além da aquisição de patrimônio”.

Segundo a decisão, a investigação teve início após a prisão em flagrante, em 4 de outubro de 2024, de investigados que sacaram quase R$ 5 milhões em espécie em uma agência do Banco do Brasil, às vésperas das eleições municipais.

Os presos, na época, foram Geremias Cardoso da Hungria e Ellis Dângeles Noronha Martins, também alvos da operação de hoje. Veja quem são os demais que estão na mira da operação:

  • Antônio Leocádio dos Santos (Antônio Doido)
  • Andrea Costa Dantas
  • Amilton Leocádio dos Santos (Neto Leocádio)
  • Benedito Ruy Santos Cabral
  • Francisco de Assis Galhardo do Vale
  • José Ailton Cordeiro da Silva
  • Ana Celia de Oliveira
  • Soraia de Nazaré Oliveira do Vale
  • Cleodenildo Antônio de Souza
  • Rodrigo Alves Ferreira
  • Rairom Allan Arruda de Oliveira

Operação da PF

Nesta terça-feira (16), agentes da PF cumpriram 31 mandados de busca e apreensão no Pará e no Distrito Federal. A Operação Igapó apura a prática de crimes de corrupção exercidos por uma organização criminosa composta por agentes públicos e privados.

Segundo a corporação, “os investigados teriam o objetivo de desviar verbas públicas por meio de fraudes em processos de licitação, com posterior utilização dos valores desviados no pagamento de vantagens indevidas e ocultação de patrimônio”.

Leia também

A Rádio de Minas. Tudo sobre o futebol mineiro, política, economia e informações de todo o Estado. A Itatiaia dá notícia de tudo.

Ouvindo...