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Defesa de Bolsonaro critica Cid após interrogatório no STF: ‘Memória seletiva’

Corte realizou primeiro dia de interrogatórios dos réus no processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado

Os advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, responsáveis pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), criticaram o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, após seu interrogatório nesta segunda-feira (9). O militar foi o primeiro dos oito réus do “Núcleo 1" a ser interrogado no Supremo Tribunal Federal (STF) no processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

“Nós vimos hoje um colaborador [Cid] que toda vez que é colocado numa situação de contradição diz que esqueceu, ele tem uma memória absolutamente seletiva, lembra de alguns fatos e esquece de outros”, disse Vilardi a jornalistas na saída do Supremo.

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Ainda segundo os defensores, a audiência foi “extremamente positiva” e será explorada no decorrer do processo.

Em seu interrogatório, Cid disse várias vezes não se lembrar quando questionado sobre alguns fatos e negou que Bolsonaro tivesse conhecimento, por exemplo, do planejamento sobre os atos de 8 de janeiro de 2023.

Além do ex-ajudante de ordens, o deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ), também foi ouvido nesta segunda. Os interrogatórios serão retomados na terça-feira (10), às 9h, com o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.
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