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Bolsonaro e Braga Netto esperavam encontrar fraude nas urnas, diz Mauro Cid ao STF

Segundo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, essa “expectativa” culminou em uma pressão do ex-presidente no então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira

Mauro Cid nesta segunda-feira (9).

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, afirmou que o ex-presidente e o general Braga Netto (PL) tinham “grande expectativa” de encontrar eventuais fraudes nas urnas eletrônicas para reverter o resultado das eleições de 2022.

Ainda de acordo com ele, essa esperança, nutrida pelo ex-presidente e seu candidato a vice, foi refletida em uma “pressão” sobre o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.

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No depoimento, o ex-ajudante de ordens afirmou que Bolsonaro queria um relatório “mais duro” sobre as urnas eletrônicas. “Inicialmente, o general Paulo Sérgio teria feito um relatório mais técnico, dizendo que não houve fraudes. O ex-presidente entendia que a conclusão tinha que ser mais dura, apontando que poderia ter havido fraude”, contou.

Em novembro de 2022, após a derrota de Bolsonaro, o Ministério da Defesa enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um relatório técnico de fiscalização do sistema de votação, realizado pelas Forças Armadas.

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Jornalista pela UFMG, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já atuou na produção de programas da grade, apuração e na reportagem da Central de Trânsito Itatiaia Emive. Atualmente, contribui como repórter na editoria de política.