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Bolsonaro e Braga Netto esperavam encontrar fraude nas urnas, diz Mauro Cid ao STF

Segundo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, essa “expectativa” culminou em uma pressão do ex-presidente no então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, afirmou que o ex-presidente e o general Braga Netto (PL) tinham “grande expectativa” de encontrar eventuais fraudes nas urnas eletrônicas para reverter o resultado das eleições de 2022.

O que a gente sempre viu foi uma busca por encontrar fraudes nas urnas e, com isso, de certa forma, seria possível convencer os militares de que a eleição foi fraudada e, talvez, a situação mudasse”.
— disse Cid.

Ainda de acordo com ele, essa esperança, nutrida pelo ex-presidente e seu candidato a vice, foi refletida em uma “pressão” sobre o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.

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No depoimento, o ex-ajudante de ordens afirmou que Bolsonaro queria um relatório “mais duro” sobre as urnas eletrônicas. “Inicialmente, o general Paulo Sérgio teria feito um relatório mais técnico, dizendo que não houve fraudes. O ex-presidente entendia que a conclusão tinha que ser mais dura, apontando que poderia ter havido fraude”, contou.

Em novembro de 2022, após a derrota de Bolsonaro, o Ministério da Defesa enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um relatório técnico de fiscalização do sistema de votação, realizado pelas Forças Armadas.

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Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.
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