O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), informou, em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (11), que os gastos do governo federal com a COP 30 giram em torno de R$ 5 bilhões.
“Obra de saneamento na cidade, construção de áreas de convivência, ampliação do aeroporto, reforma do porto onde estão aportados os dois grandes transatlânticos, enfim, um conjunto de obras que ficam de legado para a capital do estado do Pará e que estão servindo hoje para mostrar aquilo que o Brasil tem de melhor, dando um show na recepção, na infraestrutura, na segurança”, destacou Sabino.
Questionado sobre as fontes da verba investida, o ministro pontuou que o governo federal “decide suas prioridades”, e que a COP 30 foi uma das escolhas de uso do orçamento deste ano. “E aqui, a cidade de Belém, o estado do Pará, que faz parte do Brasil também, merece ter obra de saneamento, merece ter obra de infraestrutura, assim como praticamente todos os aeroportos do Brasil das capitais passaram por ampliação, passaram por reforma. O Aeroporto de Belém passou também por uma grande reforma e a gente completou essa reforma como um dos legados da COP 30”, finalizou.
Para realizar a COP 30, o governo federal firmou contrato específico de R$ 946,9 milhões com a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), organismo internacional com sede em Madri, na Espanha, fundado em 1949, com o objetivo de promover a cooperação dos países ibero-americanos nos campos da educação, ciência, tecnologia e cultura.
Conforme consultado pela Itatiaia no Siga Brasil, foram empenhados (valor do orçamento oficialmente reservado), até 5 de novembro, R$ 861,9 milhões, e efetivamente pagos R$ 775,9 milhões. A maior parte das despesas autorizadas está na Presidência da República: R$ 789,9 milhões, além de R$ 66,5 milhões de restos a pagar (obrigações assumidas pelo governo que precisam ser quitadas no exercício seguinte).
Do total empenhado, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) foi a maior favorecida, com R$ 406,2 milhões. Foi por meio da Embratur que o governo viabilizou a contratação de dois navios transatlânticos que ofertam seis mil leitos, com contrato firmado em R$ 263 milhões.